Confiança do consumidor interrompe quedas e fica estável em abril
Expectativa do consumidor com o futuro da economia melhorou, mas percepção sobre situação atual compensou negativamente
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas, interrompeu uma sequência de seis quedas seguidas ao manter-se estável em 113,9 pontos em abril, mas permaneceu no menor nível desde março de 2010 (111,6 pontos), informou a fundação nesta quarta-feira. O desempenho do indicador é calculado dentro de uma escala de pontuação de até 200 pontos: quanto mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor. Em março, o índice havia recuado 2% na comparação com fevereiro.
De acordo com a FGV, a piora nas avaliações sobre o cenário atual foi compensada por uma melhora das expectativas em relação aos meses seguintes. O ICC é dividido em dois indicadores – o Índice de Situação Atual (ISA) e o Índice de Expectativa (IE). O ISA mostrou queda de 2,3%, ao passar de 124,5 para 121,6 pontos. No mês anterior, ele havia caído 3,4%. Já o IE subiu 1,5%, de 108,0 para 109,6 pontos – em março havia caído 1,5%.
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“A combinação de resultados mostra que o consumidor está insatisfeito com a situação geral da economia e incerto em relação às perspectivas de melhora ao longo dos próximos meses”, segundo a FGV. A Fundação acredita que os consumidores estão um pouco mais otimistas, mas não o suficiente para demonstrar uma tendência maior de compras de duráveis. O levantamento abrange amostra de mais de 2 mil domicílios, em sete capitais, com entrevistas entre os dias 31 de março e 18 de abril.
(com Estadão Conteúdo e agência Reuters)