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Ciclofaixas: uma ideia sem marcha a ré

As faixas exclusivas para ciclistas são uma experiência bem-sucedida mundo afora. São Paulo, que corre para ampliá-las, só precisa seguir a linha de outras metrópoles

Por Fernanda Allegretti 20 set 2014, 01h00

Não, os prefeitos de algumas das principais metrópoles do mundo não estavam dando marcha a ré no complexo debate sobre mobilidade urbana quando, anos ou até décadas atrás, decidiram tornar suas cidades mais amigáveis para os ciclistas. Implantar ciclovias e ciclofaixas costuma trazer resultados espetaculares – e não só para quem anda de bicicleta. Tome-se o exemplo de Nova York. O Departamento de Transporte de lá acaba de divulgar um estudo segundo o qual desde 2007, quando Michael Bloomberg estabeleceu suas metas de ampliação de ciclovias, o total de acidentes nas ruas e avenidas que receberam pistas exclusivas para os ciclistas caiu 20%, o comércio naquelas áreas cresceu, o trânsito se manteve estável ou melhorou e o tempo para percorrer as principais vias diminuiu. Assim, pode-se dizer que o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), não pedala em falso ao defender a implementação de 400 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas na cidade. Mas, desde que iniciou, em junho deste ano, a execução de seu ambicioso projeto, Haddad tem, digamos assim, escrito torto por linhas certas.

Por que as linhas são certas já se viu no caso de Nova York – e seria possível citar aqui uma enormidade de outras experiências bem-sucedidas em todo o mundo. Não poderia ser diferente: as bicicletas são ecologicamente corretas, permitem um excelente exercício físico e, além de tudo, tornam a paisagem nas cidades menos hostil. O erro de Haddad está na forma apressada com que vem implantando as pistas exclusivas para o tráfego de ciclistas (até agora, em sua gestão, cerca de 60 quilômetros; antes dele, o total era de apenas 70,6 quilômetros). O resultado disso é que muitas das recomendações técnicas básicas para as ciclovias e ciclofaixas não estão sendo seguidas na capital paulista. A propósito, as pistas ciclísticas paulistanas são, na maior parte dos casos, ciclofaixas – que, ao contrário das ciclovias, não têm uma separação física maior entre a área usada pelo ciclista e a rua ou avenida pela qual se estendem (veja o quadro na pág. 82). Um dos motivos que levaram a essa escolha foi o custo: 1 milhão de reais por quilômetro na ciclovia contra 200 000 reais se a opção for a ciclofaixa, segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET).

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