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Chipre considera restrições de capital se bancos reabrirem

Segundo fonte não revelada, governo teme que, se agências funcionarem nesta quinta-feira, possa haver uma corrida para saques que prejudicaria o sistema

Por Da Redação
20 mar 2013, 12h10

Enquanto avalia se permitirá a reabertura dos bancos na quinta-feira, o governo do Chipre já analisa a possibilidade de impor restrições de capital em caso de funcionamento das agências. É o que informa uma fonte do governo à agência de notícias Reuters nesta quarta. “No momento, a questão é se e como os bancos vão reabrir amanhã. As restrições de capital estão sendo consideradas”, disse a fonte. Dessa maneira, os bancos ficariam proibidos de fazer determinadas operações – e os clientes não teriam acesso a todo o dinheiro que têm em suas contas.

Os bancos da ilha estão fechados desde sábado e as autoridades relutam em reabri-los, com medo de que haja uma corrida dos clientes aos caixas para retirar suas economias, o que prejudicaria ainda mais o sistema bancário do país. A bolsa de valores também está com suas operações suspensas desde terça.

Nesta quarta-feira, o porta-voz do governo Christos Stylianides negou a venda do Banco Popular do Chipre para investidores russos, conforme havia sido especulado localmente. Os rumores se dão enquando o ministro das Finanças da ilha, Michalis Sarris, está em Moscou para negociar o apoio da Rússia ao Chipre. Sarris pediu que Moscou estendesse o pagamento do crédito de 2,5 bilhões de euros concedido em 2011 à ilha até 2016 – uma forma de aliviar a situação financeira difícil que enfrenta. Contudo, a primeira reunião terminou sem um acordo entre as partes. O jornal americano The Wall Street Journal noticiou que o Chipre pede, além do prazo maior, um novo crédito em troca de uma cota em bancos e empresas energéticas da ilha.

O Chipre está imerso em uma crise financeira e precisa montar uma forma de arrecadar 5,8 bilhões de euros para poder receber a ajuda de 10 bilhões de euros de seus credores europeus (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional), conforme acordado no sábado.

Contudo, o Parlamento da ilha rejeitou na terça-feira a primeira proposta de arrecadação, colocada pelos credores, que previa taxação de todos os depósitos bancários entre 6,75% a 9,9%. O governo tentou amenizar o plano, sugerindo que os depósitos inferiores a 20 mil euros não fossem taxados, mas não adiantou. Os russos foram os que menos gostaram da ideia porque acredita-se que tenham cerca de 20 bilhões de euros investidos nos bancos do país. Agora, o presidente do país, Nicos Anastasiadis, convocou uma reunião para esta quarta-feira para examinar os planos alternativos.

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Repercussão – Joerg Asmussen, membro do Conselho Executivo do BCE, disse nesta quarta-feira em uma seminário que os bancos do Chipre não ficarão solventes se não forem rapidamente recapitalizados e que só o BCE pode fornecer liquidez a bancos solventes.

O BCE afirmou na terça-feira, depois que parlamentares cipriotas rejeitaram um elemento importante do resgate proposto, que permanece comprometido em fornecer liquidez dentro das regras existentes. “Não ameaçamos (cortar a liquidez), mas apenas indicamos que podemos fornecer liquidez emergencial somente a bancos solventes, e que a solvência de bancos cipriotas não pode ser presumida se um programa de ajuda não for fechado em breve, o que permitiria uma rápida recapitalização do setor bancário”, disse Asmussen ao jornal Die Zeit. Ele também afirmou que nenhum outro país da zona do euro enfrenta uma crise do setor bancário comparável ao Chipre.

(com agências EFE, Reuters e France-Presse)

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