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China desvaloriza iuan e bolsa fecha estável

Governo interveio no mercado acionário após divulgação de dados econômicos fracos; depreciação da moeda beneficia as exportações, mas prejudica o desenvolvimento da economia interna

Por Da Redação
11 ago 2015, 10h15

A China desvalorizou nesta terça-feira sua moeda após uma leva de dados econômicos fracos, em uma medida que classificou como uma reforma para liberar os mercados. Alguns operadores, no entanto, viram o movimento como o início de uma queda mais longa da taxa de câmbio.

O Banco Central chinês fixou a taxa oficial a quase 2% abaixo do nível anterior, antes da abertura do mercado, a 6,22 iuanes por dólar — patamar mais baixo em quase três anos — ante 6,11 no dia anterior. A instituição informou que a decisão é uma mudança na metodologia para tornar o câmbio mais reativo às forças do mercado.

“Uma vez que a balança comercial da China continua a registrar superávits relativamente grandes, a taxa de câmbio efetiva do iuan ainda está relativamente forte em relação a várias moedas globais e diverge de expectativas do mercado”, disse o Banco Central. “Portanto, é necessário aprimorar mais o ponto médio do preço do iuan para atender às necessidades do mercado”.

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O Banco do Povo da China chamou a medida de uma “depreciação não recorrente”, mas economistas estão divididos sobre o significado da medida. Aparentemente, a decisão reverteu a recente política de manutenção do iuan forte, que tem ajudado a impulsionar o consumo doméstico e os investimentos no exterior.

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“Por muito tempo dei crédito ao BC chinês por se manter firme sobre o iuan e reconhecer que, embora pudesse ser tentador tentar fortalecer o modelo antigo de crescimento baseado em depreciação cambial, isso era na verdade um beco sem saída”, disse o economista Patrick Chovanec.

Chovanec reconheceu que um iuan mais fraco pode refletir melhor a demanda atual do mercado, mas afirmou que um iuan valorizado serviria para um objetivo mais importante: promover uma “dolorosa” transformação da economia, afastando-se da manufatura de baixo custo e caminhando em direção ao consumo. “O que o mundo necessita da China não é mais oferta; o mundo precisa de demanda”, disse Chovanec.

(Com agência Reuters e Estadão Conteúdo)

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