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Britânica Diageo compra cachaça Ypióca por R$ 900 mi

A Ypióca é a terceira maior marca do mercado de cachaça e líder no segmento premium

Por Da Redação
28 Maio 2012, 09h03

O grupo britânico de bebidas Diageo anunciou nesta segunda-feira acordo para comprar a fabricante brasileira de aguardente Ypióca por cerca de 300 milhões de libras (469 milhões de dólares ou 900 milhões de reais), aumentando presença em mercados emergentes enquanto briga por um maior espaço em tequila.

A produtora do uísque Johnnie Walker e da vodca Smirnoff, que tem planos de ter metade das suas vendas em mercados emergentes até 2015, anunciou nesta segunda-feira acordo para comprar a marca Ypióca de sua família controladora, além de parte dos ativos de produção e distribuição da bebida.

A Ypióca é a terceira maior marca do mercado de cachaça e líder de um segmento de rápido crescimento dessa bebida, o premium. A companhia, fundada em 1846 e com sede em Fortaleza, emprega cerca de 3,2 mil funcionários e tem cinco fábricas no país. A cachaça responde por cerca de 80% da indústria brasileira de bebidas destiladas.

“O Brasil é atrativo, um mercado de rápido crescimento para a Diageo com demografia favorável e crescente renda disponível. A aquisição da Ypióca nos dá a marca premium líder na maior categoria local de bebidas destiladas”, disse o presidente-executivo da Diageo, Paul Walsh.

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A Diageo, assim como outros grupos internacionais de bebida, tenta se fazer presente em países emergentes para compensar a demanda instável na Europa.

O grupo há muito tempo negocia com a dona da Jose Cuervo para ter uma parte da marca líder de tequila, avaliada em mais de 3 bilhões de dólares. Algumas fontes dizem que as negociações esfriaram por causa de problemas relacionados ao controle da marca.

A companhia londrina recentemente investiu em negócios como a Mey Icki (Turquia) e ShuiJingfang (China) para aumentar as vendas nos países emergentes, que atualmente respondem por quase 40% do total da Diageo.

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A Diageo disse que a aquisição da Ypióca deve ser neutra para o lucro no primeiro ano de controle e cobrir o custo de capital até o quinto ano após o negócio, o que analistas dizem estar em linha com os negócios recentes. O grupo britânico não deu números exatos de lucro para a companhia brasileira.

“Nós consideramos positivo esse tipo de negócio em países emergentes, dando a liderança em marca premium local e sinergia em distribuição a médio prazo para as bebidas destiladas internacionais da Diageo”, disse a analista do UBS, Melissa Earlam.

Ela estima que a Diageo tenha pago 19 vezes o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) pelo negócio e estima uma margem Ebitda de 25% nas vendas anuais de 60 milhões de libras.

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(Com agência Reuters)

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