Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Brasil só terá superávit primário em 2017, diz FMI

Segundo projeções do fundo, o governo não conseguirá cumprir as metas fiscais que estabeleceu para 2015 e 2016

Por Da Redação
8 out 2015, 11h14

O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta que o Brasil não vai conseguir alcançar as metas fiscais para este e o próximo ano. No relatório Monitor Fiscal divulgado neste quarta-feira, a instituição prevê que o país terá um déficit primário de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 e de 0,9% em 2016.

A estimativa do fundo é que o superávit primário só virá em 2017, ficando na casa dos 0,8%, para chegar a partir de 2019 com saldo positivo de 2,5% do PIB. O superávit primário acontece quando o governo consegue pagar os juros da dívida pública e dispor ainda de uma sobra de dinheiro.

Projeções do FMI para o PIB de 2016
Projeções do FMI para o PIB de 2016 (VEJA)

O FMI ressalva que fez suas previsões com base no pacote anunciado pelo governo em agosto, quando o Planalto propôs um orçamento com déficit para 2016. A meta definida pela equipe econômica da presidente Dilma Rousseff é de alcançar um superávit primário de 0,15% este ano e de 0,7% em 2016.

O fundo piorou ainda outros indicadores fiscais do país. Para o déficit nominal, que inclui os gastos do governo com juros, a previsão do FMI é que fique em 7,7% do PIB em 2015 e 7,2% no ano que vem.

Continua após a publicidade

A dívida bruta, um dos indicadores que mais chamam a atenção das agências de classificação de risco, deve subir de 65,2% no ano passado para 69,9% em 2015 e chegar a 74,5% em 2016. O FMI utiliza uma metodologia diferente da usada pelo governo brasileiro para esse número e inclui os títulos do Tesouro detidos pelo Banco Central no cálculo.

Alejandro Werner, diretor do Departamento de Hemisfério Ocidental do FMI, disse que a economia brasileira pode começar a se recuperar na segunda metade de 2016, caso haja um acordo político em Brasília que dê prosseguimento ao ajuste fiscal. Por enquanto, a credibilidade da política fiscal no Brasil continua sendo colocada em dúvida pelos mercados nacional e global.

Leia também:

Brasil deve cair de sétima para nona maior economia do mundo até 2016

Continua após a publicidade

‘Só não é pior do que a Venezuela’: FMI dobra previsão de queda no PIB para 3%

Mercado piora projeção e prevê queda de 2,7% no PIB

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.