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ANP: Brasil produzirá o dobro de petróleo em dez anos

Nesta segunda-feira, a presidente da Petrobras, Graça Foster, também afirmou que até 2035 o país deve se tornar o 6º maior produtor de petróleo do mundo

Por Da Redação
2 jun 2014, 13h52

Com a perspectiva de dobrar as reservas provadas, o país “tem contribuição fundamental no equilíbrio do mercado mundial de petróleo”. A avaliação é do diretor da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Helder Queiroz, que participa do Seminário de Matriz e Segurança Energética Brasileira, nesta segunda-feira. “O país está numa fase de crescimento acelerado da produção, o que vai fazer com que ele mude sua posição no cenário mundial petrolífero”, afirmou Queiroz. A expectativa, segundo ele, é de que as reservas e também a produção total no país dobrem em cerca de oito a dez anos.

De acordo com Queiroz, atualmente o Brasil possui 15,6 bilhões de barris de petróleo em reservas provadas, e 458 bilhões de metros cúbicos de gás natural. A produção atinge a média de 2,2 milhões de barris de petróleo diariamente, e de 77,2 milhões de metros cúbicos de gás. Apesar disso, o executivo destacou que o país “sempre precisará importar petróleo de diferentes qualidades para poder equilibrar o mix de suas refinarias”. Para ele, “questões conjunturais” afetaram a continuidade da alta de produção nos últimos dois anos. “Tivemos uma certa obsessão brasileira em buscar eficiência e reduzir drasticamente a dependência em relação à importação de petróleo bruto. Isso foi alcançado em 2006, mas nos últimos anos problemas conjunturais causaram a redução da produção nos anos de 2012 e 2013.”

A expectativa, segundo o diretor da ANP, é com a entrada em operação de novos sistemas da Petrobras, que poderá levar à exportação a cerca de 1,5 milhão de barris por dia. Ele também citou a retomada dos leilões, no último ano, e disse negociar novas rodadas, sem definir datas. “Isso é corroborado não só por nossos números, mas em estudos prospectivos da Opep e da Agência Internacional de Energia. Brasil é apontado como pais onde o novo petróleo que vai entrar tem contribuição fundamental para o equilíbrio do mercado internacional do petróleo.”

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Projeções – Nesta segunda-feira, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou que as análises internas da empresa indicam que o país chegará a 2035 como o sexto maior produtor de petróleo do mundo, com participação de 6,1% no mercado global. De acordo com a executiva, as estimativas são semelhantes às previsões de organizações independentes e internacionais. “Verificamos um crescimento bastante relevante, visto não só pela Petrobras, mas também pelos seus provisores. E isso é importante para o desenvolvimento do País e da economia”.

Graça Foster reafirmou a expectativa de ampliar a produção, a partir de 2020, para 4,2 milhões de barris diários. A partir desta meta, segundo ela, o crescimento depende de questões econômicas e do ritmo dos leilões no país. “Há indefinição de algumas questões especialmente econômicas, e no Brasil, do ritmo dos leilões realizados pela ANP, seja pelo regime de partilha, seja pelo regime de concessão”, disse a executiva.

Pré-sal – Graça destacou que cerca de 30% das atuais reservas provadas do país estão atualmente no pré-sal. A executiva também destacou que, nas áreas em que ainda não há certificação, a exploração em alta profundidade pode ser responsável por 57% das novas reservas. “Temos que ter nossas reservas mapeadas com índice de produção. Temos hoje o pré-sal com 27% das reservas. E temos volume potencialmente recuperável, que nos próximos anos vão se tornando reservas provadas gradativamente; 57% daquilo que pode virar reserva provada, hoje, tem origem no pré-sal.”

O pré-sal respondeu por 22% da produção total da Petrobras em maio. Em volume, a produção chegou a 470 mil barris por dia, informou a presidente da estatal. Ela ressaltou, contudo, que o volume ainda é preliminar e que a expectativa é atingir 500 mil barris por dia em breve, quando for interligado o último poço do prospecto Cidade de São Paulo. Em abril, a produção média no pré-sal foi de 411 mil barris por dia. “A produção no pré-sal desde 2010 cresceu dez vezes. Temos feito interligações de tal forma que tenhamos crescimento da linha de produção”, disse.

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Graça afirmou também que das embarcações necessárias para atender à demanda da empresa em 2020, no pré-sal, 85% já estão contratados. Suas declarações foram para comprovar que a empresa tem avançado na produção do pré-sal e que não há limitações para a companhia. “A Petrobras tem que se tornar mais competitiva cada vez mais e reduzir os seus custos”, complementou.

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Consumidores – Graça explicou que o mercado de petróleo e de produção de combustíveis é formado por três partes complementares, que incluem os interesses do governo, dos consumidores e das empresas petroleiras. A executiva afirmou que “o consumidor é ávido por combustível a baixo custo”, porém, segundo ela, é necessário que as empresas também ganhem, assim como é necessário atender aos planejamentos da matriz energética brasileira. “O que define é o custo da energia nova que chega. As empresas precisam ganhar. É uma relação de ganha-ganha. Sem ganhar não há como investir com a mesma velocidade que os governos gostariam de ver”, acrescentou.

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(com Estadão Conteúdo)

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