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Bolsas europeias despencam em meio a um clima de desconfiança

Nos Estados Unidos a supercomissão do Congresso, encarregada de obter uma redução de 1,2 trilhão de dólares de custos na economia, parece se encaminhar para o fracasso. Na Europa, aumenta a pressão para que BCE atue mais

Por Da Redação
21 nov 2011, 14h42

Vários governos pressionam há semanas a favor de uma intervenção mais significativa do BCE, mas o próprio banco e a Alemanha são contrários a esse movimento

As principais bolsas europeias encerraram a segunda-feira com fortes perdas, com os mercados ampliando seus temores em relação aos problemas da dívida nos Estados Unidos e na zona do euro. Frankfurt fechou em queda de 3,35%, Londres, -2,62%, Paris, -3,41%, Milão, -4,74% e Madri, -3,48%.

Nos Estados Unidos a supercomissão do Congresso, encarregada de obter uma redução de 1,2 trilhão de dólares de custos na economia, parece se encaminhar para o fracasso, já que a data limite para apresentar os resultados é quarta-feira. No caso de desacordo entre democratas e republicanos, uma série de cortes e gastos será acionada automaticamente.

Na Europa, para tentar diminuir a pressão sobre a dívida de países como Espanha e Itália, o Banco Central Europeu (BCE) informou, nesta segunda-feira, o aumento realizado em seu programa de compra de obrigações públicas, na semana passada. O investimento chegou a 8 bilhões de euros, frente aos 4,5 bilhões de euros da semana anterior. Analistas de mercado, no entanto, consideram que o volume das compras é insuficiente para estabilizar os níveis de juros cada vez mais altos exigidos a esses países. Vários governos pressionam há semanas por uma intervenção mais significativa, mas o BCE e a Alemanha são contrários a esse movimento.

Espanha – Um dia após as eleições espanholas, as ações dos bancos do país puxaram a queda. Os papeis do banco Santander perderam 3,45%, fechando aos 5,38 euros. As ações do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) perderam 3,48%, para 5,716 euros, e as ações do CaixaBank caíram 4,47%, fechando a 3,63 euros. “Esta vitória eleitoral (da direita na Espanha) foi amplamente antecipada e, portanto, não aliviou os mercados. Agora é necessário que a direita demonstre sua vontade de atuar”, afirmou Nordine Naam, analista do banco Natixis.

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O rendimento das obrigações da Espanha para 10 anos subiu fortemente. Pouco antes das 10h (horário local), alcançaram 6,5% contra os 6,345% de sexta-feira. A diferença entre as taxas espanholas e alemãs a longo prazo elevou-se para 4,58 pontos percentuais (contra 4,33 na sexta-feira).

O líder conservador Mariano Rajoy, que liderará o próximo governo espanhol, deve atuar rapidamente para endireitar a economia do país, ameaçada pela recessão e asfixiada por um desemprego que afeta quase 22% da população ativa. “Os governos que acabam de chegar ao poder em três países em plena tormenta financeira (Itália, Grécia e Espanha, onde o novo gabinete assumirá nas próximas semanas) terão que convencer os mercados da sua capacidade e determinação para respeitar os compromissos”, disseram em nota os analistas do CM-CIC.

(Com Agence France-Presse)

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