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BNDES estuda financiar oferta da Eletrobras na EDP

Eletrobras precisa fazer oferta mais robusta diante da concorrente chinesa

Por Da Redação
9 dez 2011, 13h13

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já estuda alternativas de financiar a oferta da Eletrobras pela fatia de 21,35% do governo português na companhia Energias de Portugal (EDP), colocada à venda. Entre os interessados na disputa estão também a brasileira Cemig, a alemã E.ON e a chinesa China Three Gorges. Esta sexta-feira é o ultimo dia para a entrega das propostas.

Segundo uma fonte ligada ao governo, o BNDES terá de fazer um financiamento direto à Eletrobras para que a estatal possa honrar uma oferta mais robusta diante do forte interesse demonstrado pela concorrente chinesa, vista como detentora de maior capacidade de capital. O volume necessário para esse apoio do BNDES é inferior a 5 bilhões de reais e há espaço no orçamento moderado do banco este ano para isso. O governo, no entanto, tentou ajudar o BNDES a realizar uma operação mais vantajosa para o banco e para a estatal ao publicar, na semana passada, um decreto autorizando instituições financeiras a usar recursos captados no exterior para financiar diretamente, lá fora, empresas brasileiras em operações de aquisições em outros países consideradas estratégicas. Esse tipo de operação tem vantagens fiscais que reduzem os custos do financiamento. Sob encomenda – Segundo a mesma fonte do governo, o decreto foi feito praticamente sob encomenda para essa operação de apoio do BNDES à Eletrobras na disputa pela EDP, mas veio tarde demais e provavelmente não poderá ser usado nesse caso. Embora o banco tenha em caixa recursos captados recentemente em ofertas de debêntures feitas no exterior, trâmites burocráticos ainda são necessários para incorporar o decreto presidencial à política operacional da instituição de fomento. Outra dificuldade citada estaria na demora para o início da operação da BNDES Limited, subsidiária do banco em Londres que poderia efetuar o apoio financeiro à Eletrobras. Criada ainda no governo Lula para apoiar a internacionalização de empresas brasileiras, a subsidiária ainda não começou a operar, tendo dedicado os últimos dois anos à sua estruturação, por meio de consultorias. Mesmo assim, o BNDES poderia usar o instrumento da remessa ao exterior para financiar a Eletrobras, se o decreto tivesse saído mais cedo. De qualquer forma, o banco está disposto a apoiar a estatal na disputa pela fatia da portuguesa e ofereceu outros produtos de crédito aqui mesmo no Brasil para ajudar a estatal a honrar a oferta. Com essa promessa, a Eletrobras entrou na disputa com mais cacife diante dos chineses, embora o governo brasileiro tenha consciência de que é difícil disputar com eles nas cifras. Exigências – O governo sabe que os chineses farão uma oferta alta, mas acredita que as chances da Eletrobras são maiores no cumprimento de algumas exigências feitas pelos portugueses, como a política industrial de compras locais ou condicionantes em relação à governança da empresa, que os adversários asiáticos teriam dificuldades em cumprir. Em função da diferença de seus interesses, os chineses seriam vistos como predatórios pelo governo português. Além do apoio financeiro do BNDES, gestões políticas do Itamaraty também foram feitas junto às autoridades portuguesas em favor da Eletrobras. O governo brasileiro decidiu orientar o BNDES a apoiar a Eletrobras em seu processo de internacionalização dentro da estratégia de transformá-la em uma empresa de maior escala, uma espécie de Petrobras da energia. Por esse motivo, o banco não vai apoiar a proposta da Cemig, embora também seja um financiador de investimentos da companhia mineira. Além da clara prioridade ao desenvolvimento da Eletrobras, o BNDES vê menor capacidade na Cemig de dar esse passo no exterior. (Com Agência Estado)

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