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Bernanke defende manutenção de estímulos para a economia

Presidente do banco central norte-americano afirma que a compra de títulos continuarpa até ver melhora significativa no mercado de trabalho

Por Da Redação
26 fev 2013, 17h32

O chefe do Federal Reserve (o banco central norte-americano), Ben Bernanke, defendeu o estímulo de compra de bônus da instituição perante o Congresso nesta terça-feira, aliviando temores de que membros da autoridade monetária possam estar hesitantes sobre a continuidade do programa. Também chamado de quantitative easing, o plano tem como objetivo injetar dinheiro na economia do país por meio de crédito ao mercado financeiro.

Bernanke também fez um apelo, durante o testemunho semestral da instituição sobre política monetária ao Congresso, para que parlamentares evitem fortes cortes de gastos que passam a valer na sexta-feira, e que, segundo ele, podem ser combinados com aumentos de impostos anteriores para criar um “significativo obstáculo” à recuperação da economia.

Ele afirmou que o Fed tem todas as ferramentas de que precisa para retirar seu apoio monetário no momento adequado. “Nesse sentido, não acreditamos que os possíveis custos de uma maior assunção de risco em alguns mercados financeiros superem os benefícios da promoção de uma recuperação econômica mais forte e da criação mais rápida de empregos”, disse Bernanke ao Comitê Bancário do Senado.

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Em resposta à crise financeira e à profunda recessão de 2007-2009, o Fed não só praticamente zerou as taxas oficiais de juros como também comprou mais de 2,5 trilhões de dólares em títulos hipotecários e dívida do Tesouro com o objetivo de reduzir os juros de longo prazo e desencadear contratações no setor privado.

O Fed atualmente compra, mensalmente, 85 bilhões de dólares em bônus e disse que planeja continuar adquirindo ativos até ver uma melhora significativa nas perspectivas para o mercado de trabalho.

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A ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed, publicada na semana passada, mostrou que alguns membros da instituição acreditam que os riscos das compras de bônus podem justificar sua redução ou conclusão antes que contratações ganhem fôlego. No entanto, vários outros argumentaram que há perigo em interrompê-las prematuramente. A reunião do Fomc foi realizada em 29 e 30 de janeiro.

Bernanke parece se enquadrar nesta última categoria, citando melhoras nos setores automobilístico e imobiliário e relacionando-as ao estímulo do Fed. “Não há uma postura livre de risco nessa situação”, afirmou. “O risco de não fazer nada também é grave. Então, estamos tentando equilibrar essas coisas da melhor forma possível”.

As declarações ajudaram a compensar a fraqueza nas bolsas de valores norte-americanas devido à crise da dívida na Europa, além de fortalecer o dólar. Às 15h37 (horário de Brasília), o índice Dow Jones avançava 0,7%, para 13.881 pontos. O índice Standard & Poor’s 500 tinha valorização de 0,36%, para 1.493 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq subia 0,05%, para 3.117 pontos. “O que Bernanke está dizendo, em última instância, indica que não haverá uma reversão no futuro próximo no programa de estímulo”, avaliou o economista-chefe de mercados do Rockwell Global Capital em Nova York, Peter Cardillo.

(com agência Reuters)

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