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BC vê inflação mais baixa, mas indica que vai continuar a subir os juros

O Comitê de Política Monetária quer minar os riscos de inflação no ano que vem e trazer o IPCA mais próximo ao centro da meta

Por Da Redação
17 out 2013, 09h43

O Comitê de Política Monetária (Copom) avalia que ainda há espaço para aumentar mais os juros, à medida que a inflação ainda mostra resistência, indicou a ata da última reunião do órgão, divulgada nesta quinta-feira. A próxima reunião do Copom – última do ano – será em 26 e 27 de novembro. Na semana passada, o Comitê elevou, por unanimidade, a Selic a 9,5%, aumento de 0,5 ponto percentual para controlar o índice de preços e garantir que essa tendência continue em 2014.

“O Copom pondera que a elevada variação dos índices de preços ao consumidor nos últimos doze meses contribui para que a inflação ainda mostre resistência. (…) Tendo em vista os danos que a persistência desse processo causaria à tomada de decisões sobre consumo e investimentos, na visão do Comitê, faz-se necessário que, com a devida tempestividade, o mesmo seja revertido. (…) Nesse contexto, o Copom entende ser apropriada a continuidade do ritmo de ajuste das condições monetárias ora em curso”, diz a ata.

A despeito da inflação persistente a longo prazo, o Copom deixou claro no documento, porém, que o cenário tanto para 2013 quanto para 2014 está melhor do que na última reunião. Mesmo assim, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) permanece acima do centro da meta oficial, de 4,5%.

Cenário – Para o Comitê, a economia brasileira está caminhando bem. “O Copom pondera que o cenário central contempla ritmo de atividade doméstica mais intenso neste e no próximo ano. Informações recentes indicam retomada dos investimentos e continuidade do crescimento do consumo das famílias, esse último favorecido pelas transferências públicas e pelo vigor do mercado de trabalho – que se reflete em taxas de desemprego historicamente baixas e em crescimento dos salários”.

Contudo, a equipe econômica diz que há o risco de pressões inflacionárias vindas do mercado de trabalho. Com baixas taxas de desemprego, o temor é que haja um aumento de salários não condizente com a realidade brasileira e, assim, a inflação de custos seja elevada.

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O Copom voltou a falar que o cenário internacional continua turbulento e complexo, mas reiterou que não acredita em eventos extremos no mercado financeiro neste momento. Assim, mantém sua perspectiva de crescimento moderado para a economia global neste ano, com tendência de melhora a longo prazo, o que pode influenciar futuramente suas decisões de política monetária.

Fator dólar – As oscilações do dólar foram importantes também para que o Comitê tomasse a decisão de aumentar os juros na última reunião. A volatilidade decorre do anúncio feito pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de que poderia reduzir seus estímulos monetários à economia dos Estados Unidos. Uma onda de recursos foi drenada dos mercados emergentes e migrou para os Estados Unidos, sobretudo para os títulos do Tesouro americano. Com isso, ocorreu uma desvalorização súbita do real que exigiu, inclusive, intervenções cambiais do Banco Central.

Em setembro, a volatilidade diminuiu, mas o câmbio permanece em um patamar maior do que no início do ano (próximo de 2,20 reais) e não dá sinais de que volte para 2 reais tão cedo – fato que tem impacto direto na inflação. Nesta quinta-feira o dólar abriu em queda de 0,41%, a 2,1655 reais.

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