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BC tem nove bancos sob ‘acompanhamento especial’, mostra documento

Entre as instituição que são monitoradas com lupa pela autoridade monetária estão Banif, Máxima, Ficsa, BPN Brasil e Pan

Por Da Redação
18 Maio 2016, 18h26

O Banco Central brasileiro mantém nove bancos sob “acompanhamento especial”, olhando com lupa suas operações em função de questões como liquidez e estabilidade, mostra um documento interno obtido pela Reuters. A apresentação preparada para uma reunião do Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) do BC marcada para 19 de maio, informa que os bancos pequenos sob acompanhamento especial incluem Banif, Máxima, Ficsa, Gerador, Pottencial, Mercantil do Brasil, BPN Brasil e Pan.

O monitoramento mais acurado reflete a preocupação do BC de que excessiva alavancagem, perdas recorrentes, dificuldade de venda de ativos e riscos reputacionais poderiam eventualmente ameaçar a estabilidade das instituições financeiras. A lista também inclui o BTG Pactual, na esteira dos fortes resgates que o banco sofreu após a prisão em novembro do então controlador e presidente do grupo André Esteves, no âmbito da operação Lava Jato. Esteves foi solto e o banco tem implementado um programa de recuperação.

As instituições sob acompanhamento especial têm pouca ou nenhuma presença no varejo bancário e têm atuação concentrada em nichos como financiamento imobiliário, crédito consignado e voltado a pequenas e médias empresas. Ainda assim, o monitoramento reflete a determinação do BC em manter o sistema bancário brasileiro bem capitalizado, enquanto a pior recessão econômica no país em décadas restringe o crédito e eleva a inadimplência.

A maioria dos bancos citados no documento confirmou que tem mantido contato com o BC, endereçando as preocupações da autoridade monetária e fortalecendo seus balanços através da venda de ativos, aperfeiçoando as práticas de crédito ou, em última instância, avaliando a venda do banco.

Estar sob acompanhamento especial pelo BC não significa necessariamente que a solvência do banco está em questão, de acordo com um ex-integrante do BC familiarizado com o sistema de supervisão. A própria apresentação do BC traz três níveis distintos de preocupação, sob as cores amarela, laranja e vermelha, sem especificar os critérios de cada categoria.

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O ex-integrante do BC, que falou sob condição de anonimato, disse que o fato de o número de instituições na lista passar “de meia dúzia” é um sinal de atenção. “Sempre há bancos em observação e é de se esperar que durante a recessão econômica a lista aumente”, acrescentou ele. “A possibilidade de sair da lista com mais facilidade depende também da economia.”

Juntas, as instituições acompanhadas mais de perto pelo BC possuem apenas 2,6% do estoque de crédito do sistema financeiro nacional, com base em dados de dezembro.

Mesmo com o tombo de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015, o sistema bancário do país permanece robusto. Os 130 bancos brasileiros viram a média do seu retorno sobre o patrimônio líquido aumentar para 15,4% no ano passado, contra 13% em 2014.

Procurado, o BC disse que não se pronuncia publicamente sobre a situação de bancos “em razão do sigilo e em linha com padrão de governança que segue”.

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(Com Reuters)

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