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Barclays corta 19 mil empregos e diminui ambições em Wall Street

Somente na área de banco de investimento serão suprimidos 7 mil postos de trabalho. Reposicionamento estratégico anunciado nesta quinta será feito nos próximos três anos

Por Da Redação
8 Maio 2014, 10h20

O banco britânico Barclays freou suas expectativas de ser uma potência no mercado financeiro americano. A instituição anunciou nesta quinta-feira que serão cortados 19 mil empregos nos próximos três anos, sendo 7 mil apenas na área de banco de investimento. O presidente-executivo do banco, Antony Jenkins, sinalizou que a empresa deve focar agora em seu negócio de varejo, já que o desaquecimento das atividades de investimentos (fusões, aquisições, ofertas de ações, entre outras) não é temporário.

“Vamos redimensionar e reorientar nosso banco de investimento para trazer equilíbrio ao Barclays”, disse Jenkins a analistas e investidores. “Na sua forma atual, é um obstáculo inaceitável.” O presidente-executivo do banco, que assumiu o cargo em 2012 após um escândalo sobre a manipulação de taxas de juros (Libor), tenta melhorar a cultura e os padrões da organização, ao mesmo tempo em que reduz o risco e fortalece o balanço patrimonial. “É uma simplificação corajosa do Barclays”, disse.

Em fevereiro, o banco já havia anunciado que apenas neste ano cortaria 12 mil postos de trabalho, incluindo 7 mil na Grã-Bretanha, onde metade dos colaboradores afetados já foram notificados na ocasião. O banco teve um problema com sua política de pagamento de bônus a executivos. A ideia inicial de Jenkins era aumentar o benefício para atrair os melhores profissionais, mas, diante da reação negativa de parlamentares, que chegaram a falar que o banco “não aprendeu a lição da crise”, Jenkis recuou e desagradou seus executivos. Alguns de alto escalão chegaram a pedir demissão.

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Além da queda de receitas com consultoria de negócios, a divisão de investimentos também teve problemas com acionistas que brigaram por bônus maiores e executivos de alto nível que pediram demissão. Em paralelo, os órgãos reguladores americanos estão endurecendo as regras para as instituições financeiras, um reflexo esperado da crise de 2008.

Isso tudo levou o banco ao reposicionamento estratégico, encolhendo a área de investimentos e reunindo em um novo “banco ruim” 400 bilhões de libras em ativos. Cerca de 90 bilhões de euros de ativos do banco de investimento vão ser colocados no banco ruim, incluindo algumas commodities e produtos de mercados emergentes. A divisão de investimentos já chegou a ser o motor do Barclays.

O banco de investimento ficará com 120 bilhões de euros de ativos e vai se concentrar em seus principais mercados dos Estados Unidos e do Reino Unido e nos 1.000 clientes que geraram mais de três quartos de suas receitas no ano passado. Após a drástica reestruturação, o banco de investimento não representará mais que 30% do grupo, contra mais de 50% atualmente.

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(com agências Reuters e France-Presse)

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