Bancos tentam deixar erros para trás em Davos
Instituições querem ganhar novamente confiança dos mercados após revelações de crimes financeiros e desempenho fraco do setor
Líderes dos maiores bancos do mundo buscaram convencer investidores de que os problemas que causaram grave crise no setor estão encerrados, apesar do público ainda não demonstrar confiança. Uma recente retomada nas ações de bancos possivelmente esconde uma crise que ainda ameaça a existência de muitos no setor, cujos líderes se reúnem em Davos, na Suíça.
Escândalos de manipulação da taxa de juros Libor, operações ilegais, distribuição de informações falsas, violação de regras contra lavagem de dinheiro e debate sobre bônus pagos a funcionários ainda mantêm os bancos sob foco de críticas, quatro anos depois que a crise financeira deixou muitos deles de joelhos.
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Os bancos e companhias de serviços financeiros estão novamente no pé do ranking “Barômetro de Confiança” da Edelman, divulgado nesta semana em Davos, onde muitos banqueiros estão participando do Fórum Econômico Mundial. Apesar de terem obtido uma marca ligeiramente melhor que no ano passado na pesquisa realizada em 26 países, apenas 50 por cento dos respondentes afirmou que confia em bancos e instituições financeiras.
Muitos bancos estão lucrando novamente, mas as regras de capital mudaram e as instituições e seus conselheiros reconhecem que vão levar anos para reconquistar a confiança do público. “Os bancos precisam mudar seus modelos de negócios. Os fornecedores de serviços financeiros precisam ser lembrados que se trata de serviço a clientes e os clientes precisam ser colocados no centro das atenções. O interesse próprio tem que ficar em segundo plano”, afirmou o ex-chefe do Bundesbank e agora presidente de conselho do suíço UBS, Axel Weber.
(com agência Reuters)