Bancos espanhóis não poderão despejar endividados de suas casas por 2 anos
Decisão foi tomada após duas pessoas se suicidarem no país; desde 2008, 350 mil proprietários tiveram que deixar suas residências
A Associação Espanhola de Bancos (AEB) anunciou nesta segunda-feira que está congelando por dois anos as ordens de despejo de proprietários endividados, depois de dois suicídios em quinze dias que provocaram uma série de protestos no páis
A AEB indicou que todos seus membros assumiram na quinta-feira passada este compromisso por razões humanitárias e dentro de sua política de responsabilidade social. Aos gritos de “banqueiros assassinos”, centenas de pessoas se manifestaram na sexta-feira, em Madri, após o suicídio de uma mulher do País Basco e de um homem em Granada, após recebem ordem de despejo.
Centenas de manifestantes se uniram a um grupo de proprietários ameaçados de despejo e que acampam desde o dia 22 de outubro ante a Caixa Madri, filiada ao Bankia, no centro da capital espanhola. Com 350 mil proprietários retirados de seus imóveis por falta de pagamento desde a explosão da bolha imobiliária, em 2008, a onda de despejos é uma das manifestações mais terríveis da grave crise econômica que atinge a Espanha.
(Agência France-Presse)