Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

As “bombas” que Dilma terá de desarmar na economia

A presidente herdou um país com bases sólidas, mas ainda com problemas. Seu principal desafio será a sustentabilidade do crescimento.

Por Beatriz Ferrari e Derick Almeida
2 jan 2011, 08h20

A principal medida que precisa ser implementada é a reversão da tendência expansionista dos gastos públicos dos últimos dois anos

Quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência da República em 2003, os investidores ficaram apreensivos com o risco de uma mudança brusca na condução da economia. Para acalmar o mercado, o então presidente eleito colocou à frente do Banco Central – que zela pelo cumprimento das metas de inflação – um ex-executivo do mercado financeiro, Henrique Meirelles. Com o passar dos meses, ficou claro que estava mantido o compromisso com a estabilidade, já expresso na “Carta ao Povo Brasileiro” de 2002. A ida de Antônio Palocci para o ministério da Fazenda também se provou uma escolha acertada.

Oito anos depois, os desafios que Dilma Rousseff enfrentará são bem diferentes (veja infográfico). O país amadureceu, engatando uma trajetória de expansão do PIB, associado a melhorias na renda e no emprego. Agora, o que está em jogo é a sustentabilidade deste crescimento.

A economia entra em 2011 com inflação alta, perspectivas de desaceleração do PIB, uma possível elevação de juros já no começo do ano e incertezas no cenário externo. A presidente terá de lidar com a hercúlea missão de construir um país moderno, capaz de sediar os eventos esportivos de 2014 e 2016, ao mesmo tempo em que aperta o cinto das contas do governo e melhora a qualidade do endividamento público.

Continua após a publicidade

O caminho das pedras passa por um corte de gastos sério, principalmente com pessoal e custeio da máquina pública – revertendo a tendência expansionista dos últimos dois anos -, criando condições para desacelerar a inflação e permitindo a acomodação.

Também é preciso aumentar os investimentos em infraestrutura para que o país cresça sem solavancos e sem gargalos. Espera-se da presidente, por fim, a coragem para enfrentar reformas necessárias, como a da pesada e complexa estrutura tributária e da Previdência.

Se Dilma conseguir desarmar essas “bombas” (veja infográfico), deixará para seu sucessor um país forte, funcional e próspero.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.