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Arrecadação de impostos recua 6,55% em junho

Volume arrecadado de R$ 81,1 bi em junho fica abaixo das expectativas e só não é menor devido ao aumento do recolhimento da Previdência

Por Da Redação
24 jul 2012, 15h27

A arrecadação da Receita Federal em junho somou 81,10 bilhões de reais. O resultado representa uma queda real (com correção pelo IPCA) de 6,55% em relação ao mesmo mês do ano passado – a primeira queda no ano registrada nessa base de comparação. Em relação a maio, a arrecadação de junho apresentou um crescimento de 3,94%.

O volume arrecadado de impostos e contribuições federais em junho ficou abaixo da mediana das projeções dos analistas, de 82,9 bilhões de reais. O intervalo das estimativas ia de 80 bilhões de reais a 88 bilhões de reais. No primeiro semestre, a arrecadação soma 508,555 bilhões de reais, com crescimento de 3,66% ante igual período de 2011.

Desaceleração – O ritmo de crescimento da arrecadação no semestre já está abaixo da previsão da Receita Federal, que trabalha com uma alta estimada de 4% a 4,5% neste ano. A previsão do órgão, no entanto, não contempla a revisão de crescimento do PIB de 2012, de 4,5% para 3%, conforme divulgado no relatório de Receitas e Despesas do Ministério do Planejamento.

Desde março, a arrecadação vem desacelerando. No acumulado do primeiro trimestre, a alta real era de 7,32%, caindo para 6,28% no primeiro quadrimestre. Uma nova perda de ritmo foi registrada em maio, quando o aumento do recolhimento de tributos passou para 5,83%; atingindo agora, no fechamento do semestre, uma alta de apenas 3,66%.O recolhimento de tributos em junho teve uma redução real de 6,55% em relação ao junho de 2011.

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Razões – Entre as razões apresentadas pela Receita para o desempenho fraco está a queda de 4,26% da produção industrial em junho ante o mesmo mês do ano passado. O órgão também colocou na lista de motivos para o desempenho desfavorável a redução de 5,87% do valor em dólar das importações.

No semestre, a arrecadação também mostra desaceleração do ritmo de crescimento. O crescimento das receitas administradas pela Receita Federal (que exclui taxas e contribuições cobradas por outros órgãos), que chegou a bater de 6,68% em março, caiu agora para 3,04% de janeiro a junho.

Previdência – De acordo com os dados da Receita, 73,21% do crescimento das receitas administradas ocorreu por conta da arrecadação da receita previdenciária, que soma no acumulado do ano 141,668 bilhões de reais. O desempenho mostra um crescimento de 10,676 bilhões de reais em relação ao mesmo período do ano passado, equivalente a uma alta real de 8,15%.

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A arrecadação do Imposto de Importação (II) e do IPI, imposto sobre produtos industrializados vinculados à importação, também vêm ajudando o governo ao longo deste ano. Pelos dados da Receita, a arrecadação destes dois tributos teve alta de 17,73% no primeiro semestre (a maior entre os tributos), garantindo aumento da arrecadação de 3,403 bilhões de reais no primeiro semestre.

A arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e a da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) garantiram um aumento de 4,092 bilhões de reais no ano. Esse desempenho é considerado fraco, e a arrecadação destes dois tributos sofre com a redução da lucratividade das empresas.

Pelos dados da Receita, a arrecadação do IRPJ e da CSLL teve alta real de apenas 4,70% no primeiro semestre. A Cofins e o PIS, dois tributos considerados termômetros da atividade econômica, registraram no ano uma alta de apenas 2,90%, com crescimento de 2,974 bilhões de reais.

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(com Agência Estado)

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