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Argentina tem três meses para evitar sanções, diz FMI

A diretora-gerente, Christine Lagarde, disse que país pode perder direitos se não apresentar no prazo dados confiáveis sobre inflação e PIB

Por Da Redação
25 set 2012, 17h51

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse nesta segunda-feira que a Argentina tem até dezembro para pôr em ordem suas estatísticas e evitar sanções da instituição. “Agora eles levaram o cartão amarelo e tem três meses para evitar o vermelho”, disse Lagarde.

Segundo a diretora, a alusão dos cartões se refere, em um primeiro momento, à proibição de acesso a empréstimos, depois ao direito de voto e, eventualmente, após vários prazos, à expulsão. A advertência de Lagarde, que é mais uma em meio a várias outras feitas no último ano, é para que a Argentina entregue dados confiáveis sobre a inflação e o Produto Interno Bruto (PIB). Ela recorreu à analogia futebolística em tom irônico. “Todos os jogadores são iguais, incluindo os argentinos, apesar de eles serem muito bons jogando futebol”, disse a diretora.

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De acordo com os regulamentos do fundo, a Argentina deve responder aos requerimentos da direção antes de 17 de dezembro, para evitar que seja aberto o mecanismo de censura. Analistas privados dentro do país e investidores internacionais questionam as cifras do país sul-americano, ao qual, no entanto, o Fundo assessorou durante meses para que elaborasse um índice nacional de inflação.

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O anúncio de Lagarde foi feito em Washington a duas semanas da reunião semestral do FMI e do Banco Mundial, que acontecerá em Tóquio.

Crise – A diretora-gerente do fundo lançou um novo sinal de alerta diante das incertezas do panorama econômico mundial. “Continuamos esperando uma reativação gradativa, mas o crescimento mundial deve ser mais frágil, inclusive com relação ao que antecipávamos em julho”, quando o organismo publicou suas últimas projeções, disse.

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A instituição projetou em julho um crescimento mundial de 3,5% em 2012 e de 3,9% em 2013 e prevê anunciar oficialmente uma atualização de suas projeções no dia 9 de outubro em Tóquio. “Minha principal mensagem de hoje é a necessidade urgente de implementar as políticas que garantam a recuperação global”, afirmou.

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Para Lagarde, a Europa continua sendo o centro da crise e o lugar onde se fazem necessárias políticas mais urgentes. Ao mesmo tempo, a diretora elogiou o recente anúncio do Banco Central Europeu (BCE) de compra de dívida de países da zona. “É claramente um ponto de virada”, considerou.

Lagarde disse ainda que o Fundo está muito próximo de cumprir com os requisitos para reformar suas cotas internas de voto, como acordaram seus principais membros em 2010. Países como Brasil e China exigem há anos ter mais peso na direção do fundo e o compromisso há dois anos era fechar esse processo em Tóquio.

Os países-membros devem aprovar o incremento de cotas e a reforma desse diretório para estas datas. “Estamos fazendo tudo o que podemos para ajudar a nossos países a cruzar a linha, se não for em outubro, será imediatamente depois”, disse Lagarde.

(Com Agence France-Presse)

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