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Argentina diz que não vai pagar dívida com os EUA

Advogado do governo argentino afirma que imposição do pagamento de US$ 1,3 bilhão viola a soberania do país e põe em risco seu desempenho econômico

Por Da Redação
28 fev 2013, 15h10

A Argentina advertiu nessa quarta-feira que não vai pagar o montante de 1,3 bilhão de dólares que a Justiça de Nova York determinou que o país acerte com credores de um grupo de fundos de investimentos. Esses credores não aceitaram a renegociação da dívida soberana argentina em 2001.

Os argumentos da defesa, conforme divulgou a agência de notícias Bloomberg, baseiam-se na justificativa de que a ordem dada pelo juiz americano Thomas Griesa em novembro “viola a soberania do país, expõe sua economia a uma nova crise financeira e representa uma ameaça a países que fazem esforços para reestruturar suas dívidas”, disse Jonathan Blackman, advogado do governo argentino.

O bilionário fundo de hedge gerenciado pelo economista Paul Singer lidera o grupo de investidores que está pressionando a Argentina a pagar integralmente os bônus vencidos.

“Se o que a Corte procura é confronto com essas imposições, isto é decisão da Corte”, disse Blackman. “Nós estamos representando o governo, e os governantes não receberão orientações de fazer o que, fundamentalmente, viola seus princípios”, completou.

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O advogado argentino disse também que a Argentina quer convencer a Justiça americana a mudar a decisão para algo mais ‘factível’. E que um confronto está descartado. No entanto, ele foi enfático ao afirmar que a Argentina não cumprirá voluntariamente a decisão se a Corte acatar a resolução do juiz Thomas Griesa. A audiência em Nova York contou também com a presença do vice-presidente argentino Amado Boudou e do ministro da Economia do país, Hernán Lorenzino.

“Eu tenho a impressão que os juízes americanos gostariam de ‘enquadrar a Argentina. Eles só querem ter certeza de que cobriram todos os argumentos do país”, disse Joe Kogan, diretor de mercados emergentes e estrategista de dívida do Scotia Capital Markets, que, se pudesse, venderia os títulos de dívida a valor presente.

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Contexto – Em 13 de dezembro, o governo argentino havia anunciado o pagamento de 3,5 bilhões de dólares correspondentes a títulos de dívida pública, que foi reestruturada após a moratória de 2001. “Apesar de todas as previsões pessimistas, a Argentina novamente cumpre seus compromissos, e vamos continuar cumprindo”, assegurou o ministro da Economia na época, Hernán Lorenzino, fazendo referência às especulações de que a Argentina poderia declarar nova moratória.

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Contudo, o juiz americano Thomas Griesa, do Tribunal Distrital de Nova York, havia decidido em 21 de novembro que o país teria de desembolsar um adicional de 1,3 bilhão de dólares aos credores de um fundo que não aceitaram negociar a dívida nacional. Também determinou que a parcela relativa aos credores que aceitaram a reestruturação da dívida não poderia ser paga isoladamente. Em outra palavras, ou Buenos Aires pagava a todos – o que implicaria um desembolso de quase 5 bilhões de dólares – ou não pagava ninguém.

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