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Após rebaixamento, Levy volta a falar em aumento de impostos

Em entrevista ao 'Jornal da Globo', ministro da Fazenda diz que elevação de tributos pode ser o caminho para o equilíbrio fiscal e o crescimento

Por Da Redação
10 set 2015, 01h01

Na noite em que o Brasil perdeu o grau de investimento na classificação da agência Standard & Poor’s, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, falou em cortes de gastos e aumento de impostos para elevar a arrecadação. Levy disse, em entrevista ao Jornal da Globo, que a população está “preparada” para chancelar um possível aumento pois se trata do caminho para se alcançar o equilíbrio fiscal. “Não adianta pedir para a população assinar um cheque em branco. É preciso olhar aonde dá para cortar, o que dá para cortar. E se a gente precisar pagar impostos, tenho certeza que a população vai estar preparada para fazer isso porque é o caminho para a gente ter o equilíbrio e voltar a crescer.”

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A piora do quadro fiscal do país, com o envio ao Congresso da proposta de Orçamento para 2016 com déficit de 30,5 bilhões de reais, foi a gota d’água para o rebaixamento. Em nota, a S&P apontou a desarticulação do governo como um dos fatores que motivou a antecipação do rebaixamento. O ministro, contudo, negou que o governo esteja desarticulado. “O que queremos todos é atingir o equilíbrio fiscal e as metas”, afirmou.

Nesta semana, ao mesmo tempo em que a presidente Dilma Rousseff aventou a possibilidade de elevação tributária, um PMDB indignado se posicionou contra, capitaneado pelo vice Michel Temer. O partido sinalizou que elevações de tributos não devem passar no Congresso – no que depender deles – e que a solução é o corte de gastos “na carne”.

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Segundo Levy, uma nova proposta de cortes será feita na próxima semana, mas ele não quis adiantar o tema. O ministro disse que conta com a aprovação da reforma do ICMS e do PIS-Cofins para ajudar a aliviar a carga tributária e disse estar satisfeito com o fato de o Congresso querer reduzir a idade mínima para a aposentadoria – o que é, segundo ele, o principal peso contra o equilíbrio fiscal. O ministro sinalizou ainda a possibilidade em cortes de programas sociais, como o Fies.

Ao final da entrevista, Levy negou ter falhado no cargo, apesar do rebaixamento do Brasil pela S&P – e voltou a dizer que as pessoas precisam fazer sacrifícios. “Não houve falha. Há um problema que só vai ser vencido se as pessoas olharem com responsabilidade. A gente tem dado diagnóstico transparente, verdadeiro e agora as pessoas têm de tomar a sua responsabilidade. O governo deve cortar mais do que já cortou, mas (a população) tem de ter a disposição de fazer um sacrifício maior para todo mundo poder voltar a ver a economia crescendo”, disse.

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