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Após ata do Fed, dólar fecha na menor cotação desde outubro

Moeda americana encerrou o pregão cotada a 2,19 reais, menor valor em seis meses

Por Da Redação
9 abr 2014, 17h46

O dólar fechou em queda pelo quarto dia seguido nesta quarta-feira, abaixo da barreira dos 2,20 reais, após investidores verem sinais de que a política monetária dos Estados Unidos não deve mudar e, assim, afetar ainda mais a liquidez no mercado internacional.

A moeda norte-americana recuou 0,25%, a 2,1975 reais na venda, após passar boa parte do pregão em alta. Na máxima, chegou a ser cotada a 2,2198 reais e, na mínima, a 2,1905 reais. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1 bilhão de dólares.

É a primeira vez que o dólar fechou abaixo do nível de 2,20 reais desde o fim de outubro passado e, em quatro sessões, já acumula perda de 3,72% ante o real.

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“Não houve confirmação da declaração de Yellen de que a primeira alta dos juros virá cerca de seis meses após o fim do ‘quantitative easing'”, escreveu o diretor administrativo de pesquisa para mercados emergentes do Citi, Dirk Willer, em nota.

Ele referia-se ao fato de a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed, divulgada na tarde desta quarta, não ter trazido referência ao “horizonte relevante” que separaria o fim do programa de compra de títulos do Fed e a primeira elevação dos juros no país, atualmente perto de zero.

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No mês passado, a presidente do banco central americano, Janet Yellen, havia atraído a atenção dos mercados ao definir esse período como “cerca de seis meses”, o que imediatamente impulsionou as cotações do dólar em nível global. Juros mais altos nos EUA poderiam atrair recursos atualmente aplicados em outras economias. “O mercado entendeu que vai demorar para o Fed subir juros. As moedas lá fora passaram a se valorizar frente ao dólar e o real seguiu essa esteira”, disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

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Antes da divulgação do documento, o dólar operou em alta na maior parte do tempo, num movimento de correção após três quedas consecutivas que o levaram a testar o patamar de 2,20 reais. “Não acredito que o dólar tenha força para cair mais. Parece que 2,20 reais é um ponto de suporte bastante importante”, disse pela manhã o gerente de câmbio da corretora Fair, Mario Battistel.

Alguns especialistas no mercado avaliam que, apesar de ajudarem no combate à inflação, as cotações mais baratas desagradariam o governo, prejudicando as exportações. Apesar disso, o BC tem atuado vendendo dólares no mercado futuro, o que ajuda na depreciação da moeda.

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Pela manhã, a autoridade monetária deu continuidade às intervenções diárias vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Foram 1,5 mil contratos para 1º de dezembro deste ano e 2,5 mil para 2 de março do próximo, com volume equivalente a 197,8 milhões de dólares.

Além disso, também vendeu a oferta total de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de maio. Com isso, a autoridade monetária já rolou cerca de 23% do lote total para o próximo mês, que equivale a 8,733 bilhões de dólares.

Mais cedo, dados divulgados pelo BC mostraram que a autoridade monetária vendeu menos da metade da oferta nos dois leilões de venda de dólares com compromisso de recompra para rolagem que promoveu em março.

Mesmo com as recentes quedas do dólar no mercado brasileiro, o país perdeu 5 bilhões de dólares últimas duas semanas por meio do fluxo cambial, segundo dados do BC.

(Com Reuters)

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