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Governo confirma ‘pente-fino’ no setor elétrico

Relatório divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério de Minas e Energia apontou que apagão foi causado por falha de procedimento de proteção

Por Gabriel Castro
31 out 2012, 17h26

O governo federal informou nesta quarta-feira a assinatura de um protocolo para realização de um ‘pente-fino’ nas instalações do sistema elétrico brasileiro. Em até cinco dias, cerca de dez equipes vão passar a realizar um trabalho de checagem de procedimentos adotados pelas empresas do setor. A informação foi dada a jornalistas em Brasília pelo ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, após reunião mensal do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que reúne representantes do Operador Nacional do Sistema (ONS), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), MME, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e de outras entidades do setor convidadas.

O MME também divulgou a explicação oficial para o apagão que atingiu boa parte do Norte e do Nordeste na sexta-feira passada: houve falha de procedimento de um funcionário na linha de transmissão que liga Colinas (TO) a Imperatriz (MA). A informação consta de relatório final sobre o episódio. Nesta quarta, o diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, já havia adiantado que essa era a causa do incidente.

Leia mais:

Aneel diz que apagão foi causado por falha humana

Na semana anterior, a linha Colina-Imperatriz foi desligada para manutenção. Quando o sistema foi reativado, o dispositivo de proteção permaneceu inativo. “Quem foi fazer um ajuste no relê deixou a proteção sem funcionar. Até sexta-feira a linha ficou sem proteção. Ele fez errado. E, por outro lado, não testou”, disse Zimmermann, em entrevista coletiva. O relê é um dispositivo destinado a produzir modificações súbitas e predeterminadas em um ou mais circuitos elétricos.

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O diretor da Aneel afirmou que também houve falha no reestabelecimento da energia pela Taesa – companhia controlada pela Cemig e que gerencia a linha onde ocorreu a falha. “Não pode acontecer isso. Houve um erro, uma falha humana na programação, mas houve também uma falha de procedimento da empresa”, disse Hubner.

O reestabelecimento total da energia só ocorreu após mais de cinco horas. O prazo adequado, segundo as autoridades do setor, seria de no máximo duas horas e meia.

Foram verificadas ainda falhas no acionamento de outras três linhas de transmissão que poderiam suprir com mais velocidade as regiões afetadas pelo apagão.

Termelétricas – O diretor do ONS, Hermes Chipp, negou que as usinas termelétricas – que funcionam como alternativa quando há problemas com o abastecimento pelas hidrelétricas – estejam em condições precárias. “Não estamos tendo nenhum problema de infraestrutura relacionados com logística e disponibilidade de combustível. A única questão que precisa de reparos são algumas máquinas, devido ao impacto do desligamento com frequência”, declarou.

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