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Antes de resgate, Portugal Telecom sacou 128 milhões de euros do BES

Com o saque, a Portugal Telecom evita expor seu capital a um risco maior, já que o acordo de resgate prevê que todos os acionistas com fatia superior a 2% na empresa transfiram ao banco 'ruim' seus depósitos

Por Da Redação
5 ago 2014, 21h40

Antes da intervenção estatal no Banco Espírito Santo (BES), a Portugal Telecom retirou128 milhões de euros (ou 389 milhões de reais) que estavam depositados na instituição financeira. A empresa havia informado, em comunicado, no dia 30 de junho, que possuía o valor depositado na instituição por meio da sua holding (106 milhões de euros) e de duas subsidiárias, a PT International Finance BV e a PT Portugal SGPS (22 milhões de euros). Questionada nesta terça-feira, uma fonte oficial da tele portuguesa confirmou que já não há qualquer depósito no banco.

O banco central português anunciou na noite de domingo a intervenção no BES. O plano prevê que a maior instituição privada do país seja dividida em duas: ativos bons ficarão no novo BES e operações insolventes, no velho BES, considerado o �banco “ruim”�. Com o saque, a Portugal Telecom evita expor seu capital a um risco maior. Isso porque o acordo de resgate prevê que todos os acionistas com fatia superior a 2% na empresa transfiram ao banco “ruim” seus depósitos.

Participação – A Portugal Telecom ainda possui a participação de 2,1% no banco. A tele portuguesa, que está em processo de fusão com a Oi, não informou o que será feito em relação a essa fatia. Na segunda-feira, o Bradesco, que tem participação de 3,9% no BES, declarou que estima perdas de 356 milhões de reais no terceiro trimestre do ano devido ao investimento feito nos papéis do banco.

De acordo com o jornal português Diário Económico, a participação, detida por meio do Fundo de Pensões e Cuidados de Saúde em Portugal, corresponde a uma exposição negativa de116 milhões de euros. Outro jornal português, o Público, informou que a participação qualificada no banco estava avaliada em 89 milhões de euros em 2013.

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Levando-se em conta apenas as cotações de 1º de agosto, último pregão do BES na Bolsa de Lisboa antes da intervenção, a fatia de 2,1% valeria apenas 14 milhões de euros, tendo em vista um valor de mercado de 674 milhões de euros.

Apenas em seu último pregão, as ações do BES fecharam em baixa de 40,3%. No acumulado do ano, os papéis perderam 87,22%, com a queda se acentuando no mês de junho, com o agravamento da crise.

Segundo o Diário Económico, o prejuízo, porém, poderá não ser assumido nos resultados da operadora, uma vez que o fundo tem um horizonte de investimento de 30 anos, no qual a perda pode vir a ser recuperada com ganhos em outros ativos.

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No mês passado, a tele portuguesa levou um calote de 897 milhões de euros de uma das empresas do Grupo Espírito Santo (GES), a Rioforte, o que atrapalhou o processo de fusão com a brasileira Oi. Por causa da dívida, os acionistas brasileiros se movimentaram para mudar a estrutura da nova empresa a ser criada após a fusão, a CorpCo.

Após a renegociação, o investimento em títulos podres foi transferido para a holding da PT, que teve a sua participação na �nova Oi� reduzida. O porcentual dos portugueses caiu de 37,3% para 25,6%. A fatia poderá ser retomada pela PT em até seis anos.

(Com Estadão Conteúdo)

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