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Anatel determina que Oi não cobre ligações de orelhões

Operadora terá de completar gratuitamente chamadas locais de fixo para fixo feitas de equipamentos da Oi em 2.020 municípios

Por Da Redação
24 ago 2012, 18h26

Devido à falta de orelhões e ao grande número de aparelhos quebrados no país, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determinou que as chamadas locais para telefones fixos de equipamentos da Oi em 2.020 municípios sejam gratuitas até que os problemas sejam resolvidos. A medida começa em 30 de agosto e deve beneficiar 29% da população brasileira.

Segundo o superintendente de universalização da Anatel, José Gonçalves Neto, em 1.724 desses municípios o problema são os orelhões quebrados. Essas cidades se concentram em nove estados: Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Paraná e Sergipe. Nesses casos, a gratuidade poderá ser encerrada após 30 de outubro se a Oi fizer com que pelo menos 90% de seus equipamentos funcionem.

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Já nas cidades restantes, espalhadas em 21 estados, o problema é a falta de orelhões para atendimento da população. A densidade de aparelhos nesses locais está abaixo da meta de quatro equipamentos para cada mil habitantes – ou a cada 300 metros -, sendo que os povoados com pelo menos 100 pessoas devem ter, no mínimo, um orelhão. Nessas localidades, a gratuidade da Oi deverá durar pelo menos até 31 de dezembro.

“A lista dos municípios e a localização dos equipamentos será divulgada no site da Anatel e pela própria Oi. Os orelhões deverão funcionar mesmo sem o cartão telefônico. Caso a pessoa insira o cartão no aparelho, esse não poderá queimar os créditos”, explicou Neto.

Segundo o vice-presidente da Anatel, Jarbas Valente, a Anatel realizou um levantamento completo da situação dos orelhões no país no ano passado e constatou que, em alguns estados, menos da metade dos equipamentos estavam em condições de uso. Atualmente existem cerca de 40 mil aparelhos no Brasil, sendo que 22 mil são o único meio de comunicação da localidade onde estão instalados, segundo a Anatel. “Quando a fiscalização encontrava um orelhão quebrado, a agência aplicava sucessivas multas em relação aos mesmos aparelhos, mas sem resultados”, disse Valente.

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Por isso, a Anatel estabeleceu um plano de revitalização, com metas para que as concessionárias de telefonia resolvam esses problemas. Mas apenas Sercomtel, CTBC e Telefonica/Vivo conseguiram cumprir os cronogramas e já têm mais de 90% de sua malha em funcionamento pleno. A Embratel, porém, já havia sido penalizada da mesma forma – com gratuidade nas chamadas interurbanas nos orelhões da companhia – em abril deste ano, e agora chegou a vez de a Oi ser punida.

De acordo com Valente, os planos de revitalização dos orelhões representam investimentos de 205 milhões de reais. Somente a Oi deve desembolsar cerca de 170 milhões de reais. “A indústria não está nem conseguindo suprir a demanda porque apenas dois fabricantes brasileiros produzem o equipamento”, completou o vice-presidente.

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(com Agência Estado)

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