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Analistas apostam em alta maior da Selic, a 11,75% ao ano

Perspectiva de maior aperto monetário é motivada por temores com a inflação e por sinalizações de porta-vozes do Banco Central

Por Da Redação
3 dez 2014, 08h41

Apesar de não haver consenso, a maioria dos analistas acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom) elevará em 0,5 ponto porcentual a taxa básica de juros (Selic), para 11,75% ao ano, na reunião de política monetária desta quarta-feira. Até a semana passada, o consenso era de uma alta menor, de 0,25 p.p. A perspectiva de maior aperto monetário se dá em um ambiente negativo para a inflação e conta com a sinalização passada pelos porta-vozes da instituição de que poderão atuar de forma mais forte se necessário.

Levantamento realizado pela Agência Estado no final do mês passado mostrava que a maioria – 45 de 76 instituições financeiras – previa uma nova alta de 0,25 ponto porcentual da Selic, para 11,5%. Menos de uma semana depois, com os acontecimentos mais recentes, as estimativas viraram e agora a aposta, entre 41 de 62 casas, é de uma elevação de 0,5 p.p., para 11,75%.

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Muitos economistas ficaram ressabiados com a surpreendente elevação de 0,25 p.p. da Selic em outubro, para atuais 11,25%, e passaram a considerar toda e qualquer manifestação do Banco Central (BC) para não errar novamente. O primeiro sinal de que outra dose de 0,25 p.p. não é certa, veio do diretor de Política Econômica, Carlos Hamilton, quando participava de evento em Florianópolis (SC). “O Copom não será complacente (com a inflação) e, se for adequado, irá recalibrar a política monetária”, afirmou.

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Na semana passada, quando confirmado à frente do BC no novo mandato de Dilma Rousseff (PT), foi o presidente Alexandre Tombini quem reforçou o recado. Ele admitiu que a inflação acumulada em doze meses ainda seguia elevada e que, nessas circunstâncias, a política monetária deve se manter “especialmente vigilante” para evitar que ajustes de preço se espalhem para o resto da economia. Tombini apenas repetiu o que a ata do Copom anterior já havia trazido. Mas foi o presidente, em carne e osso, dizendo com todas as letras que estava preocupado com uma difusão da inflação.

No último relatório Focus, no entanto, o mercado ainda apostou em um alta de 0,25 p.p. A favor dos que acreditam na manutenção deste ritmo de elevação, está a expectativa de que 2015 será um ano diferente para as contas públicas. O ministro indicado para a Fazenda, Joaquim Levy, prometeu austeridade para os próximos três anos, o que é um ganho e tanto para os efeitos da política monetária. E, é bom lembrar, qualquer ação tomada pelo Copom só terá efeito mesmo em meados de 2015.

(Com Estadão Conteúdo)

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