AIE reduz previsão da demanda global de petróleo
O agravamento da crise na zona do euro e os últimos dados de 2011 foram decisivos para a queda nas estimativas
A Agência Internacional da Energia (AIE) revisou para baixo suas previsões da demanda global de petróleo em 2012, por causa das perspectivas econômicas que pioraram, principalmente na zona do euro, e dos últimos dados do final de 2011. Este é o quarto mês consecutivo que a agência reduz as suas projeções anteriores.
A AIE afirmou que o consumo mundial de petróleo caiu no quarto trimestre (em 5 mil barris diários) com relação ao mesmo trimestre de 2010, algo que não acontecia desde a explosão da crise financeira. Por isso, levando em conta as novas projeções econômicas do Fundo Monetário Internacional (FMI), a agência espera que o consumo de petróleo este ano seja de uma média de 89,9 milhões de barris diários.
Esse novo número significa 300 mil barris a menos do que o calculo do relatório prévio sobre o mercado petroleiro, no mês passado. Desses, 89,9 milhões significariam um aumento de 0,9% com relação a 2011, mas a evolução seria muito diferente para o mundo desenvolvido e para os países emergentes.
Demanda cai nos desenvolvidos – Concretamente, a demanda dos membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) diminuirá em 400 mil barris em relação à demanda do ano passado. Os países europeus marcarão de forma mais forte essa queda, com 300 mil barris diários a menos e um consumo médio de 13,9 milhões de barris diários.
Oferta cresce – Pelo lado da oferta, a AIE constatou que em janeiro aumentou em 100 mil barris diários até 90,2 milhões graças à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), e particularmente à Líbia (que recupera rapidamente suas capacidades após a guerra), Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.
Os especialistas da agência estimaram que o mercado tem um abastecimento suficientemente flexível para ir contra o potencial impacto das sanções internacionais anunciadas contra o Irã, em virtude das capacidades excedentes de outros países da Opep.
(Com EFE)