Ações da Petrobras despencam após Moody’s rebaixar nota da empresa
Agência de classificação de risco rebaixou nota da empresa para grau especulativo e ações abrem em queda de mais de 6%
(Atualizado às 15h25)
As ações da Petrobras abriram em forte queda nesta quarta-feira, após a agência de classificação de risco Moody’s rebaixar os ratings da empresa para grau especulativo, diante das investigações sobre corrupção e das pressões de liquidez.
Com apenas quinze minutos de operação do mercado, as ações preferenciais (PN, sem direito a voto no Conselho) da estatal já caíam 6,5%, enquanto as ordinárias (ON, com direito a voto) recuavam 6%. No mesmo momento o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores do país, perdia 1,3%. Por volta de 15h15, os papéis PN e ON ainda derretiam: 6,29% (9,24 reais cada) e 5,54% (9,20 reais), respectivamente, depois de chegarem a cair mais de 7% no meio da manhã. O Ibovespa recuava 1% (51.356 pontos) no mesmo horário.
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O rating da dívida em moeda estrangeira da Petrobras foi rebaixado em dois degraus, passando de Baa3, que é a última nota da escala da Moody’s considerada grau de investimento, para Ba2. Além disso, a Moody’s manteve a classificação da estatal em revisão para novo rebaixamento.
A Moody’s foi a primeira das três grandes agências de risco a cortar o rating da Petrobras para o nível especulativo (junk). Fitch e Standard & Poor’s avaliam a estatal atualmente como “BBB-“, no piso do nível de grau de investimento. Mas a Fitch colocou essa classificação em observação negativa, o que significa que um rebaixamento é possível nos próximos meses.
Um segundo corte para junk pode ter um impacto significativo sobre títulos e ações da Petrobras, uma vez que muitos gestores de fundos só podem investir em empresas que são classificadas como grau de investimento por pelo menos duas agências de risco.