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Ações da Hypermarcas despencam com delação de ex-executivo

Papéis caíram 8,47% após a confirmação de que ex-diretor de relações institucionais autorizou pagamentos de 30 milhões de reais para prestação de serviços não comprovados

Por Da Redação
28 jun 2016, 18h07

As ações da Hypermarcas despencaram nesta terça-feira depois que a maior fabricante de medicamentos genéricos do país confirmou que um ex-executivo autorizou pagamentos de milhões de reais para prestação de serviços que não tiveram comprovação de execução. Os papéis caíram 8,47%, a 25,95 reais, e contrastaram com o bom humor que marcou a sessão. O Ibovespa, principal índica da Bolsa brasileira, subiu 1,55%.

A empresa enviou comunicado ao mercado mais cedo diante de notícia do jornal O Estado de S. Paulo que relata que o ex-diretor de relações institucionais Nelson Mello, que trabalhou para a Hypermarcas entre 2012 e março deste ano, afirmou em delação premiada que pagou 30 milhões de reais a dois lobistas com trânsito no Congresso para efetuar repasses para senadores do PMDB, entre eles Renan Calheiros (AL), presidente do Congresso, Romero Jucá (RR) e Eduardo Braga (AM).

Mello não pôde ser contatado para comentar o assunto. À agência Reuters, uma porta-voz de Jucá negou a notícia e representantes de Calheiros não responderam a pedidos de comentários.

No comunicado desta terça-feira, a Hypermarcas afirma que “não se beneficiou de quaisquer dos atos praticados pelo ex-executivo” e que não é alvo de nenhum procedimento investigativo. A empresa informou ainda que acertou acordo com Mello por meio do qual “assegurou ressarcimento integral pelos prejuízos sofridos”.

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“A notícia é perturbadora. Como é possível que 30 milhões de reais foram gastos sem comprovação dos serviços? Quais eram as motivações de Mello?”, escreveram analistas do Credit Suisse liderados por Tobias Stingelin, em nota a clientes.

A Hypermarcas não deu detalhes sobre os pagamentos identificados pela auditoria interna. Segundo o jornal, as informações repassadas por Mello na delação premiada “referem-se à atuação de parlamentares na defesa de interesses da empresa no Congresso” e não fazem parte de inquérito da Operação Lava Jato.

(Com Reuters)

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