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Ação da Eletrobras desaba 20% e tem a pior queda de sua história

Papel da estatal elétrica continua sofrendo revés na bolsa após anunciar que renovará concessões de energia

Por Da Redação
21 nov 2012, 14h33

As ações da Eletrobras fecharam em queda de 19,98% quarta-feira, no quarto pregão consecutivo de baixa – a pior queda diária da história do papel. Os investidores voltaram a castigar os papéis da estatal por temores sobre os impactos negativos da provável renovação antecipada de concessões elétricas.

O papel preferencial de classe B fechou cotado em 7,85 reais e registrou a pior sequência de quatro quedas consecutivas da história do papel e a pior cotação desde 2003. Já a ação ordinária tinha desvalorização de 16,10%, a 6,72 reais. O Ibovespa, enquanto isso, tinha baixa de 0,37%.

“É um efeito devastador”, resumiu o analista Alexandre Furtado Montes, da Lopes Filho & Associados. “Mesmo antes da MP 579, todos os indicadores da Eletrobras já eram piores que o de empresas privadas do setor. Agora tudo indica que ela terá fluxo de caixa negativo nos próximos anos”, acrescentou, referindo-se à medida provisória sobre a renovação antecipada e condicionada de concessões elétricas que venceriam de 2015 a 2017.

Investidores temem a perda de receita e baixa contábil que a renovação antecipada de concessões que vencem entre 2015 e 2017 imporá à companhia, considerando os termos propostos pelo governo federal para a renovação dos contratos. Nesse cenário, analistas divulgaram relatórios nos últimos dias revisando para baixo suas recomendações e estimativas para as ações da Eletrobras, com o banco Barclays, por exemplo, mostrando maior pessimismo com as perspectivas para o desempenho da estatal.

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Na segunda-feira, o Barclays cortou para 1 real seu preço-alvo para ambas as classes de ações da Eletrobras, de estimativa anterior de 29 reais para o papel preferencial e de 20 reais para o ordinário.

Também na última segunda-feira, o diretor financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobras, Armando Casado de Araújo, disse que se a estatal não pagará lucro aos acionistas preferencialistas referente a 2012, caso use reserva de lucros devido aos efeitos da renovação de suas concessões.

Pelo cálculo apresentado pela Eletrobras ao mercado na última sexta-feira, a renovação antecipada das concessões nos moldes estipulados pelo governo federal implicará no reconhecimento de perda de ativo de 17,8 bilhões de reais e em receita 8,7 bilhões de reais menor por ano. Mas a companhia admite que o impacto da renovação pode ser ainda pior. “Podemos ter perdas maiores do que as consideradas até agora”, disse Araújo, em teleconferência com analistas na segunda-feira.

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(com Reuters)

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