Telescópio observa luz de ‘super-Terra’ alienígena

Astrônomos detectaram luz emanando de uma “super-Terra” pela primeira vez. O planeta, chamado 55 Cancri e, está a 41 anos-luz de distância e não é habitável. A detecção representa um importante avanço na procura por sinal de vida em outros planetas. O estudo foi publicado no periódico Astrophysical Journal.

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Super-Terra e 55 Cancri e

O planeta 55 Cancri e, a 41 anos-luz de distância, está numa classe de mundos denominada super-Terra. São planetas mais pesados que a Terra e mais leves do que Netuno. Com duas vezes o tamanho da Terra e oito vezes mais pesado, 55 Cancri e dá uma volta completa em sua estrela-mãe em apenas 18 horas.

Astrônomos estudam planetas fora do Sistema Solar analisando a luz das estrelas. Quando um planeta passa em frente ao astro brilhante, os instrumentos humanos conseguem detectar alterações na luz que a estrela emana.

Agora, os astrônomos utilizaram um telescópio espacial chamado Spitzer para medir a quantidade de luz infravermelha que vem do próprio 55 Cancri e. Os cientistas já analisaram a luz emanando de outros tipos de planeta, mas nunca uma super-Terra. Os resultados mostram que o 55 Cancri é um planeta escuro e quente de um dos lados.

A face voltada para a estrela-mãe – um dos lados do 55 Cancri está sempre virado para a estrela – tem temperatura média de 1727 graus Celsius, o suficiente para derreter metal.

Assista a vídeo da Nasa (em inglês, com legendas em português) sobre o 55 Cancri e:

Os novos dados corroboram a hipótese de que o 55 Cancri seja um mundo aquático: um núcleo rochoso rodeado por uma camada de água em estado líquido e gasoso ao mesmo tempo (o que os cientistas chamam de fluido supercrítico, quando não se pode diferenciar as fases da matéria) coberto por uma espessa atmosfera de vapor d’água. Conforme os cientistas, é um planeta equivalente a Netuno, se este estivesse muito mais próximo do Sol.