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Sistema falha e robô Philae pode estar solto em cometa

Módulo deveria ter acionado arpões para se fixar ao cometa; cientistas ainda não compreenderam o problema e dizem que robô pode ter quicado ao pousar

Por Da Redação
Atualizado em 10 dez 2018, 10h25 - Publicado em 12 nov 2014, 16h51

O robô Philae pode não ter se fixado adequadamente no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko devido a uma falha no funcionamento dos dois arpões que prenderiam o módulo ao solo, anunciou a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), logo após o pouso inédito, às 14h03 (horário de Brasília).

“Temos indicações de que os arpões não foram ativados, o que significaria que não estamos presos ao solo. Precisamos analisar a situação”, declarou Stephan Ulamec, responsável pela missão de pouso do módulo Philae, no Centro Europeu de Operações Espaciais (ESOC), em Darmstadt, na Alemanha. De acordo com Ulamec, alguns dados indicam que Philae pode ter tocado o solo e quicado. “Ainda não está claro, mas o módulo pode ter saltado e começado a girar.” Ele brincou: “Por isso talvez nós tenhamos pousado duas vezes no cometa, não uma.”

O módulo Philae, um artefato que tem o tamanho de uma máquina de lavar roupas e pesa 100 quilos, foi projetado para se fixar ao solo do cometa pela emissão de um gás e de dois ganchos que se prenderiam em uma camada além da superfície do 67P. Durante a noite, o robô registrou um problema em seu sistema de emissão de gás e a equipe contava com seus ganchos para se manter preso ao solo – o que não aconteceu. Agora, os cientistas tentam decodificar o problema.

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Escolha cuidadosa – A sonda Rosetta se aproximou do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko em agosto deste ano, tornando-se o primeiro objeto a orbitar um cometa. As primeiras imagens do 67P/Churyumov-Gerasimenko mostraram um corpo celeste com formato irregular, diferente do que era esperado. A partir daí, cinco possíveis locais de pouso foram selecionados, todos levando em conta que o módulo Philae precisaria receber pelo menos seis horas diárias de luz solar durante cada rotação do cometa, para que suas baterias sejam recarregadas.

Apenas em meados de outubro o local exato foi definido. Conhecido originalmente como “ponto J”, e rebatizado como Agilkia por meio de um concurso popular, ele fica na parte menor do cometa, chamada de cabeça. Nenhuma das cinco opções cumpria todos os critérios determinados pela ESA.

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Na época da escolha, Fred Jansen, diretor da missão, declarou que a expectativa era encontrar um comenta arredondado, com forma de “batata” – o formato do 67P mais parece um pato de borracha.

Origem do Sistema Solar – Os cometas são um objeto de estudo importante por serem considerados “restos” da formação do Sistema Solar que continuam vagando pelo Universo. De acordo com algumas teorias, eles podem ter sido os responsáveis por trazer a água ou até mesmo vida à Terra. Uma das principais investigações que o módulo Philae fará da superfície do cometa é da composição do gelo que o forma, pra ver se corresponde à composição de isótopos da água da Terra.

https://www.youtube.com/watch?v=scBqlGJkxF4

(Com AFP)

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