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Saiba qual a diferença entre a bomba de hidrogênio e a bomba atômica

Coreia do Norte anunciou que testou “com sucesso” uma bomba de hidrogênio em miniatura, que seria muito mais potente que uma bomba atômica

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 15h59 - Publicado em 6 jan 2016, 14h59

A Coreia do Norte anunciou nesta quarta-feira (6) que realizou com sucesso testes com uma bomba nuclear de hidrogênio – muito mais potente que a bomba atômica. O uso da arma nuclear ainda não foi confirmado pela comunidade internacional, mas um tremor de 5,1 graus de magnitude perto da principal zona de testes nucleares da Coreia do Norte, no nordeste do país, foi detectado. O teste, no entanto, foi recebido com bastante ceticismo por parte das potências mundiais e especialistas, que declararam que, se uma bomba de hidrogênio, ou bomba H, tivesse realmente sido detonada, os abalos sísmicos deveriam ter sido muito maiores.

A desconfiança se dá porque os tremores registrados provavelmente condizem com a explosão de uma bomba atômica, ou bomba A. Esse tipo de bomba, como a que foi jogada sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki durante a II Guerra Mundial, utiliza o princípio da fissão nuclear e funciona por meio da fragmentação de átomos como urânio e plutônio. O poder da bomba de urânio lançada sobre Hiroshima foi de cerca de 15 quilotons (1 quiloton equivale a 1 000 toneladas de dinamite) e a da bomba de Nagasaki, de plutônio, de aproximadamente 21 quilotons.

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Já a bomba de hidrogênio, que foi detonada pela primeira vez em um teste americano nas Ilhas Marshall, no Oceano Pacífico, em 1952, consegue sua energia a partir da fusão nuclear, ou seja, ela funde átomos de hidrogênio em um processo semelhante ao que ocorre no centro do Sol para gerar a energia e luminosidade do astro. Por isso, esse tipo de arma exige muita energia para ser detonada e utiliza uma bomba de fissão (a bomba atômica) como gatilho. A bomba de hidrogênio, também conhecida como bomba termonuclear, requerer tecnologia e engenharia sofisticadas e produz explosões que são milhares de vezes mais poderosas que as de uma bomba atômica convencional. Para se ter uma ideia de seu poder, a maior bomba de hidrogênio que já explodiu, a soviética “Tsar Bomba”, detonada em 30 de outubro de 1961 acima do Ártico, gerou uma energia de 57 megatons (1 megaton equivale a 1 milhão de toneladas de dinamite), quase 4.000 vezes mais do que a bomba de Hiroshima.

Por isso, os especialistas acreditam que a explosão da bomba de hidrogênio em miniatura anunciada pela Coreia do Norte provavelmente chegou apenas ao primeiro estágio – a da detonação da bomba atômica que serve de gatilho para a bomba H. Segundo Crispin Rovere, um especialista em política nuclear e controle de armamentos baseado na Austrália, o terremoto de magnitude de 5,1 detectado nas instalações norte-coreanas de Punggye-ri é muito pequeno para uma bomba como a que Pyongyang anunciou. “Os dados sísmicos que recebemos indicam que a explosão está provavelmente abaixo do que se poderia esperar do teste de uma bomba H”, disse Rovere. “Parece como se tivessem realizado com êxito o teste nuclear, mas sem completar a segunda fase, a da explosão de hidrogênio.”

(Da redação)

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