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Risco de câncer aumenta perto da central nuclear de Fukushima

Dois anos após o acidente, relatório da OMS divulga relatório detalhando riscos da radiação na população que vive ao redor da central

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h22 - Publicado em 1 mar 2013, 20h41

O acidente nuclear de Fukushima, no Japão, aumentou relativamente o risco de câncer nas zonas mais afetadas, localizadas perto da central nuclear. Para o restante do país, no entanto, não há um aumento considerável nos riscos para o desenvolvimento de tumores. Segundo relatório divulgado nesta quinta-feira pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o risco de câncer de tireoide entre as mulheres expostas ao acidente quando crianças, por exemplo, teve aumento de 70%.

“Uma análise dos dados, baseada na idade, no sexo e na proximidade em relação à central mostra um risco maior para aqueles que estavam nas zonas mais contaminadas. Fora destas zonas, incluindo a cidade de Fukushima, não se espera nenhum aumento de risco de câncer”, afirmou María Neira, diretora da OMS para a Saúde e o Meio Ambiente.

Riscos – O acidente de Fukushima foi causado por um terremoto e um tsunami que devastaram o Japão em 11 de março de 2011. No episódio, o sistema de refrigeração dos reatores ficou comprometido, o que levou a incêndios e explosões. Um mês depois, o governo elevou a emergência ao nível 7, grau máximo da escala, antes atingido apenas pelo desastre de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.

De acordo com o relatório da OMS, em um raio de 20 quilômetros ao redor da central acidentada, o risco de câncer de tireoide entre as mulheres expostas ao acidente quando crianças sofreu um aumento de 70%: chega a 1,25%, enquanto o índice normal é de 0,75%. O risco de câncer de mama, para essa mesma população, sofreu um aumento de 6%, enquanto o risco de leucemia em homens expostos quando crianças aumentou 7%.

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Em relação aos operários que trabalharam na estabilização da central, estima-se que dois terços deles tenham riscos de desenvolvimento de câncer iguais aos da população geral, enquanto um terço deve ter o risco aumentado. Segundo o documento, a radiação liberada no acidente não deve causar um aumento da incidência de abortos espontâneos, natimortos e outros problemas relacionados a nascimentos após o acidente.

No relatório, a OMS reforça a necessidade de fazer um acompanhamento das populações mais expostas e de vigiar os alimentos e o meio ambiente.

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(Com agência France-Presse)

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