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Pesquisadores descobrem antigo supervulcão em Marte

A depressão de Eden Patera era considerada uma cratera formada pelo colapso com um meteoro ou cometa

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h17 - Publicado em 3 out 2013, 13h45

Um novo estudo indica que uma depressão na superfície de Marte, anteriormente considerada uma cratera formada pela queda de um meteoro ou cometa, é na verdade um antigo supervulcão, formação geológica capaz de expelir milhares de vezes mais magma que os vulcões normais. A pesquisa foi publicada na revista Nature, nesta quinta-feira.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Supervolcanoes within an ancient volcanic province in Arabia Terra, Mars

Onde foi divulgada: periódico Nature

Quem fez: Joseph R. Michalski e Jacob E. Bleacher

Instituição: Instituto de Ciência Planetária, EUA, e outras

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Resultado: Os pesquisadores descobriram que uma depressão na superfície de Marte, anteriormente considerada uma cratera formada pela queda de um meteoro ou cometa, é um antigo supervulcão.

Com ajuda de imagens topográficas e dados obtidos por diversas sondas da Nasa e da Agência Espacial Europeia, os pesquisadores concluíram que a depressão, recentemente batizada como Eden Patera, era na verdade uma caldeira vulcânica. Esse tipo de formação ocorre quando há o colapso de um vulcão, fazendo com que ele afunde e acabe ficando parecido com crateras de impacto.

“Em Marte, vulcões jovens têm uma aparência muito característica, que nos permite identificá-los. A grande questão tem sido como seria a aparência dos vulcões antigos de Marte. Pode ser que eles se pareçam com este”, afirma Joseph Michalski, pesquisador do Instituto de Ciência Planetária, nos Estados Unidos.

Os autores acreditam que uma grande quantidade de magma com gases dissolvidos foi rapidamente expelida, como uma garrafa de refrigerante que foi agitada antes de ser aberta. “Este tipo de erupção altamente explosiva pode provocar mudanças, expelindo muito mais cinzas e outras substâncias do que os vulcões comuns, mais jovens, de Marte. Na Terra, durante esse tipo de erupção, a matéria pode se espalhar na atmosfera e permanecer por muito tempo, alterando a temperatura global por anos”, afirma Jacob Bleacher, pesquisador do Centro de Voo Espacial Goddard da Nasa e um dos autores do estudo.

Depois que todo o material da erupção é expelido, a depressão pode entrar em colapso e afundar ainda mais. Erupções como esta ocorreram no passado em locais como o Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos, o Lago Toba, na Indonésia, e o Lago Taupo, na Nova Zelândia.

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Evidências – Não haviam sido identificados anteriormente vulcões da região de Arabia Terra, onde fica a Eden Patera. O terreno na região é conhecido pela presença de crateras de impacto, mas Michalski examinou esta depressão em particular de forma mais detalhada e percebeu que ela não possuía a elevação nas bordas, típica das crateras causadas por meteoros ou cometas. Ele também não conseguiu encontrar uma camada próxima de ejecta, rocha derretida que é expelida de uma cratera quando um objeto a atinge.

Bleacher, que é especialista em vulcões, também analisou a região, e encontrou evidências de atividade vulcânica e de colapso do solo, que teria formado a depressão. Os pesquisadores encontraram outras formações geológicas próximas que podem ser vulcânicas, o que indica que as condições da Arabia Terra podem ser sido favoráveis ao aparecimento de supervulcões. “Se alguns desses vulcões tiverem entrado em atividade ao mesmo tempo, eles poderiam ter impactado a evolução de Marte”, afirma Bleacher.

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