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Nasa acha novo sistema planetário e 54 astros ‘habitáveis’

Descoberta é da sonda Kepler, única capaz de buscar planetas similares à Terra

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h10 - Publicado em 3 fev 2011, 16h29

“Nossos netos terão que decidir o próximo passo. Será que vão até lá ou mandarão um robô?”

William Borucki, cientista-chefe da missão Kepler

“Supercalifragilisticexpialidocious”. O termo, extraído da trilha do musical Mary Poppins, da Disney, foi o único que o cientista espacial Jack Lissauer encontrou, no anúncio feito pela Nasa nesta quarta-feira, para expressar a grandiosidade da mais nova descoberta da agência espacial americana. Lissauer se referia ao sistema planetário batizado de Kepler-11, em homenagem à sonda que o descobriu, composto por uma estrela anã e seis planetas em sua órbita. No mesmo dia, a Nasa divulgou que, além de Kepler-11, o satélite descobriu em seu primeiro ano de exploração do espaço 500 exoplanetas, dos quais, acredita, 54 são capazes de sustentar a vida.

A sonda Kepler é a primeira missão da Nasa capaz de encontrar planetas similares à Terra fora de nosso Sistema Solar. Foi lançada em março de 2009 e procura, principalmente, astros que estejam na chamada “zona habitável”, região que fica a uma distância suficiente do sol para permitir a existência de água e, portanto, vida. O mais recente sistema solar descoberto está a 2.000 anos luz da Terra. “Ele é fabuloso”, continuou, no anúncio, o entusiasmado Lissauer. “Tem um número supreendente de planetas grandes (todos maiores que a Terra) com órbitas próximas da estrela – nós nem sabíamos que sistemas assim podiam existir”.

Kepler-11 é o sistema solar mais complexo e compacto já conhecido. Cinco dos seis planetas estão mais próximos da estrela que orbitam que Mercúrio está do Sol. O sexto está apenas um pouco mais afastado que Mercúrio.

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Em busca de vida – Já os 500 exoplanetas descobertos pela sonda alimentam as esperanças de encontrar vida extraterrestre. Segundo a Nasa, 54 deles estão na zona habitável e não são nem quentes nem frios demais para abrigar vida. Cinquenta e quatro possibilidades “é um montante inconcebível”, disse o cientista-chefe da missão, William Borucki. “É maravilhoso ver esse número enorme porque, até agora, não tínhamos nenhuma possibilidade.”

Porém, pode levar décadas até que as suspeitas dos cientistas sejam verificadas. Estar na zona habitável não significa, necessariamente, que o planeta abrigue vida. É preciso checar outros fatores, como se o planeta tem o tamanho propício, a composição adequada e se há a presença de água e carbono. Para esta verificação, serão necessárias sondas que nem sequer foram construídas. “Nossos netos terão que decidir o próximo passo.”, disse Borucki. “Será que vão até lá ou mandarão um robô?”

Sem palavras – A sonda Kepler foi lançada em março de 2009 com a missão de vasculhar 100 mil estrelas e realizar uma espécie de ‘censo’ espacial. Mostrou serviço desde os primeiros instantes, para deslumbre e estupefação de cientistas como Lissauer. A propósito, a referência ao musical da Disney é calculada. ‘Supercalifragilisticexpialidocious’ é o neologismo com que se sai a personagem que deu o Oscar de melhor atriz a Julie Andrews ao ser cercada por jornalistas e instada a comentar sua vitória numa corrida, não espacial, mas a cavalo. Apesar do que sugerem os muitos morfemas que o compõem, o termo é explicado pela pequena Jane, papel de Karen Dotrice, como “algo a dizer quando você não tem o que dizer”.

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