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Nasa afirma que camada de gelo encolhe no Ártico, mas se expande na Antártida

Estudo mostra que a quantidade de gelo na Antártida nunca foi tão grande. Mesmo assim, ela não chega perto da quantidade de gelo perdida no Ártico

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h26 - Publicado em 25 out 2012, 12h16

Os satélites da Nasa mostraram dois fenômenos opostos ao analisar as camada de gelo no norte e no sul da Terra. Enquanto no Ártico a quantidade de gelo diminuiu nas últimas décadas, ela está se expandindo na Antártida. “Houve um aumento geral na camada de gelo marinho na Antártida, que é o contrário do que acontece no Ártico”, afirmou Claire Parkinson, cientista do Centro Goddard da Nasa e autora principal do estudo.

Segundo a pesquisa, entre 1978 e 2010 a extensão da Antártida cresceu 17 mil quilômetros quadrados por ano, batendo seu recorde de extensão no último mês de setembro. Essa taxa de crescimento, no entanto, é muito menor do que a taxa de diminuição do Ártico, e não chega a animar os cientistas.

Ao norte do planeta, a camada de gelo analisada em setembro de 2012 tinha 3,4 milhões de quilômetros quadrados a menos do que a média registrada entre os anos de 1979 e 2000. Segundo os cálculos dos pesquisadores, a área perdida nesse período equivale a dois Alascas. Os cientistas afirmam que a diferença entre o comportamento entre as camadas de gelo das duas regiões se deve à geografia de cada área.

Ártico ()

Geografia – O Oceano Ártico está rodeado pela América do Norte, a Groenlândia e a Eurásia. Essa grandes massas de terra absorvem a maior parte do gelo que se concentra e se retira da região ciclicamente, segundo as estações do ano. Uma grande parte do gelo mais antigo e mais resistente já desapareceu nas últimas três décadas, deixando as camadas atuais expostas à ação da água escura do oceano, que absorve a luz solar e se aquece, levando à perda de ainda mais gelo.

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A Antártida, ao contrário, é um continente rodeado de águas abertas, que permitem ao gelo marinho expandir-se durante o inverno, mas também oferecem menos proteção durante a temporada de degelo. A maior parte do gelo da região cresce e se retira a cada ano, resultando em uma pequena quantidade de gelo perene na área. Os autores do estudo acreditam que o padrão misto de crescimento e perda de gelo ao redor do Oceano Antártico poderia ocorrer devido a mudanças na circulação atmosférica.

Claire Parkinson avisa, no entanto, que a descoberta não contradiz a teoria da mudança climática. “O clima não muda de maneira uniforme. A Terra é muito grande e a expectativa, sem dúvida, seria que houvesse mudanças diferentes nas distintas regiões do mundo”, diz a pesquisadora.

Segundo a Nasa, este estudo, que usou dados do satélite ICESat, é o primeiro a calcular a espessura do gelo marinho em todo o Oceano do Sul a partir do espaço.

(Com Agência EFE)

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