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Japão autoriza primeiros testes clínicos com células-tronco pluripotentes induzidas

Pesquisadores poderão testar terapia que usa iPSCs para tratar deterioração da retina em pacientes humanos

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h18 - Publicado em 19 jul 2013, 17h51

O Ministério da Saúde do Japão anunciou nesta sexta-feira a autorização para os primeiros testes clínicos utilizando células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs). É a primeira vez em todo o mundo que esse tipo de estudo é liberado em seres humanos.

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CÉLULAS-TRONCO

Também chamadas de células-mãe, as células-tronco podem se transformar em qualquer um dos tipos de células do corpo humano e dar origens a outros tecidos, como ossos, nervos, músculos e sangue. Dada essa versatilidade, elas vêm sendo testadas na regeneração de tecidos e órgãos de pessoas doentes.

CÉLULA-TRONCO EMBRIONÁRIA

Formada no blastocisto, aglomerado de células que forma o feto. Por ter o ‘objetivo’ de ajudar na criação e desenvolvimento de um novo organismo, pode se diferenciar em praticamente todos os tecidos do corpo

CÉLULA-TRONCO PLURIPOTENTE INDUZIDA

Célula adulta especializada que foi reprogramada geneticamente para o estágio de uma célula-tronco embrionária. Pode se transformar em qualquer tecido do corpo. Uma célula somática (não envolvida diretamente na reprodução), como a da pele, pode “voltar” a um estágio similar ao de célula-tronco embrionária pela adição de alguns genes.

As iPSCs são criadas a partir de células adultas comuns, e reprogramadas geneticamente para atingir um estado semelhante ao das células-tronco embrionárias. A partir de apenas quatro alterações em seu DNA, elas se tornam capazes de se transformar em qualquer tipo de tecido do corpo humano.

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Os testes liberados pelo governo japonês têm como objetivo tratar pacientes com degeneração macular, uma doença que normalmente atinge pessoas com mais de 55 anos, deteriorando sua retina e podendo levar à cegueira. Os pesquisadores japoneses propõem usar iPSCs para cultivar novas células da retina desses pacientes – livres dos danos causados pela doença – e implantá-las de volta em seus olhos.

No ano passado, o pesquisador japonês Shinya Yamanaka e o britânico John Gurdon receberam o Prêmio Nobel de Medicina por terem concebido o método que permite reprogramar células adultas para transformá-las em iPSCs, um procedimento que foi considerado chave para dar início à medicina regenerativa. A técnica, no entanto, ficou restrita aos laboratórios. Até agora, as únicas pesquisas realizadas em seres humanos haviam utilizado células-tronco embrionárias, que são menos versáteis e enfrentam forte oposição de grupos religiosos.

Com o anúncio do governo japonês, os pesquisadores podem ter dado um passo decisivo para a aplicação clínica das iPSCs. “As células-tronco pluripotentes induzidas surgiram em 2006. É incrível que tão pouco tempo depois, elas já estejam prontas para serem testadas em humanos. Isso mostra o quão rápido essa área está se desenvolvendo”, diz Lygia da Veiga Pereira, geneticista e diretora do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias da USP.

(Com Agência France-Presse)

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