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Japoneses criam dispositivo para smartphone capaz de descobrir se dieta está funcionando

Bafômetro verifica níveis de acetona presentes no hálito para medir a queima de gordura do organismo

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h18 - Publicado em 9 ago 2013, 17h45

Um novo dispositivo para smartphones deve ajudar quem quer descobrir se a dieta está funcionando ou não. O aparelho, desenvolvido por pesquisadores da NTT Docomo, empresa japonesa de telefonia móvel, é um bafômetro que pode ser acoplado a um smartphone e detecta a presença de acetona em estado gasoso no hálito das pessoas.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: A prototype portable breath acetone analyzer for monitoring fat loss

Onde foi divulgada: periódico Journal of Breath Research

Quem fez: Tsuguyoshi Toyooka, Satoshi Hiyama e Yuki Yamada

Instituição: NTT Docomo, no Japão

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Dados de amostragem: 17 adultos acima do peso

Resultado: Os pesquisadores comprovaram a eficácia do protótipo em medir a queima de gordura do organismo por meio da concentração de acetona no hálito dos usuários

A regra é simples: quanto maior o teor de acetona, mais gordura está sendo queimada pelo organismo. Isso acontece porque ao quebrar as moléculas dos ácidos graxos, principais componentes da gordura, o corpo produz acetona, que é liberada na corrente sanguínea e eliminada do corpo por meio da respiração pulmonar.

Para conseguir identificar a acetona no hálito, os japoneses acoplaram ao aparelho dois tipos de sensores de gás com diferentes características de sensibilidade, que são capazes de detectar a concentração de acetona e, ao mesmo tempo, levar em conta a presença de outros elementos como o hidrogênio, o etanol e a umidade. O dispositivo, do tamanho aproximado de uma palma da mão, pode ser conectado ao smartphone por meio de um cabo ou pelo Bluetooth, e leva apenas dez segundos para fornecer ao usuário a informação sobre sua queima de gordura.

Diabetes – Além de auxiliar no combate à obesidade, o aparelho deve trazer benefícios também aos diabéticos. Como os organismos dos pacientes da doença não conseguem extrair energia da glicose, eles passam a queimar gordura para consegui-la. Por isso, o hálito dos diabéticos pode conter uma maior concentração de acetona. Como uma queima de gordura acima do normal pode indicar um diabetes descontrolado, o dispositivo se torna útil também no controle da doença.

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Experimento – A fim de investigar a eficácia do produto, descrito na edição de julho do periódico Journal of Breath Research, os pesquisadores realizaram um experimento com dezessete adultos acima do peso. Por duas semanas, os participantes foram divididos em três grupos que se comportaram de formas diferentes: um terço deles apenas praticou exercícios leves todos os dias, outro terço aliou uma redução das calorias ingeridas aos exercícios leves, e os demais não mudaram seus estilos de vida.

Todos os dias, antes do café da manhã, os voluntários usavam o bafômetro para medir a concentração de acetona presente no hálito. Os resultados eram comparados com o de outro método mais tradicional na medição de gases, a cromatografia gasosa, que separa e mede a concentração de diferentes gases em um determinado sistema.

Como as conclusões entre ambos os resultados foram bem próximas (a maior mudança nos níveis de acetona ocorreram no grupo que uniu exercícios à redução de calorias, enquanto os que não mudaram seus estilos de vida não mostraram nenhum tipo de alteração), os cientistas chegaram à conclusão de que o protótipo estava funcionando.

Segundo os japoneses, a importância do invento está no fato de que o dispositivo funciona tão bem quanto a cromatografia, mas ocupa menos espaço do que um cromatógrafo e é portátil, ou seja, pode ser usado em qualquer lugar.

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