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Descobertos os mais antigos fósseis de hominídeos e macacos do Velho Mundo

Achado reforça hipótese de que a linhagem dos hominídeos, que deu origem aos seres humanos, se separou dos macacos do Velho Mundo há pelo menos 25 milhões de anos

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h20 - Publicado em 15 Maio 2013, 20h21
Representação artística dos dois primatas
cujos fósseis foram encontrados. À frente, o Rukwapithecus e à direita, o Nsungwepithecus ()

Dois fósseis encontrados no Leste Africano, na região de falhas geológicas conhecida como Vale do Rift, fornecem novas pistas para a história da evolução humana. Os fósseis são os mais antigos já encontrados de dois grandes grupos de primatas, os hominídeos (Hominidae), como chimpanzés e humanos, e os chamados macacos do Velho Mundo (Cercopithecidae), que incluem babuínos e animais do gênero Macaca.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Palaeontological evidence for an Oligocene divergence between Old World monkeys and apes

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Onde foi divulgada: revista Nature

Quem fez: Nancy J. Stevens, Erik R. Seiffert, Patrick M. O’Connor, Eric M. Roberts, Mark D. Schmitz, Cornelia Krause, Eric Gorscak, Sifa Ngasala, Tobin L. Hieronymus e Joseph Temu

Instituição: Universidade de Ohio, EUA

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Resultado: A descoberta dos dois fósseis mais antigos de hominídeos e macacos do Velho Mundo fornece pistas que podem confirmar a hipótese de que as duas linhagens da ordem se separaram evolutivamente entre 25 e 30 milhões de anos atrás.

Análises geológicas do local em que os fósseis foram encontrados indicam que eles têm 25,2 milhões de anos, significantemente mais antigos do que os fósseis que já haviam sido documentados em ambos os grupos.

Os fósseis foram encontrados na Bacia Rukwa Rift, no sudoeste da Tanzânia. Um deles, uma mandíbula com diversos dentes preservados, foi atribuído ao Rukwapithecus fleaglei, um hominídeo ancestral, e o outro, um único dente, que os pesquisadores acreditam ser o terceiro molar inferior (um dente do siso), foi atribuído ao Nsungwepithecus gunnelli, um Cercopithecidae primitivo. Ambos viveram durante o Oligoceno, época geológica que vai de 34 a 23 milhões de anos atrás.

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Patrick O’Connor, Ohio University Heritage College of Osteopathic Medicine

Dentes e parte de mandíbula compõem um dos fósseis encontrados na Tanzânia, que datam do período Oligoceno, com 25,2 milhões de anos

Antes desta descoberta, os fósseis mais antigos das linhagens Hominidae e Cercopithecidae datavam do início do Mioceno, período entre 23,8 milhões e 5,3 milhões de anos atrás.

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Separação evolutiva – O estudo dos fósseis, publicado online nesta quarta-feira na revista Nature, relata pela primeira vez que as duas linhagens já estavam evoluindo separadamente. “O final do Oligoceno é um dos períodos com menos amostras da história da evolução dos primatas”, afirma Nancy Stevens, paleontóloga da Universidade de Ohio e integrante da equipe de pesquisadores que encontrou os fósseis.

A descoberta fornece pela primeira vez pistas concretas que podem confirmar a hipótese de que as duas linhagens de primatas se separaram evolutivamente entre 25 e 30 milhões de anos atrás, conforme estimam os especialistas.

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