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Nuvens podem ter dobrado a força do El Niño, aponta estudo

De acordo com previsões dos meteorologistas, o El Niño que começou em 2015 pode ter o efeito mais devastador em duas décadas

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 15h59 - Publicado em 5 jan 2016, 14h54

As nuvens podem multiplicar os efeitos do El Niño, afirma um estudo publicado no periódico Nature Geoscience na segunda-feira (4). A influência das nuvens, que era subestimada pelos meteorologistas, é responsável por mais de metade da força do fenômeno, caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Pacífico. De acordo com previsões dos cientistas, o El Niño do período entre 2015 e 2016 pode ser o mais forte desde o registrado em 1997 e 1998, que, de acordo com estimativas, levou à morte 23.000 pessoas e deixou 45 bilhões de prejuízos em todo o globo. Segundo os pesquisadores, a compreensão do conjunto de influências para a formação do fenômeno pode ajudar os cientistas a prever com maior precisão o impacto do El Niño e até evitar catástrofes naturais.

“As nuvens influenciam a variabilidade do El Niño em um fator de dois ou mais. Esse fenômeno tem um grande impacto na vida ao redor do Pacífico e nossos resultados podem ajudar a prever como será o clima no futuro”, afirmou o meteorologista Thorsten Mauritsen, um dos autores da pesquisa, ao jornal The New York Times.

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Para chegar a essa conclusão, a equipe de cientistas do Instituto de Meteorologia Max Planck, na Alemanha, e da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, comparou simulações meteorológicas que consideravam o papel das nuvens no El Niño com modelos que não usavam as nuvens. De acordo com os pesquisadores, durante o El Niño, uma camada de nuvens chamadas cirrus se forma na parte mais alta da atmosfera, retendo calor. Elas agem como um “cobertor”, aquecendo a atmosfera. Nas áreas onde não há o El Niño há nuvens mais baixas, que ajudam a esfriar o ar sobre os oceanos e estabilizar as temperaturas.

Consequências – De acordo com as previsões dos cientistas, este El Niño poderá ser conhecido como o El Niño “do século”, com o maior impacto dos últimos 20 anos. Segundo previsões do departamento de meteorologia britânico, 2016 poderá ser o ano mais quente desde a segunda metade do século XX devido aos efeitos do El Niño e das mudanças climáticas. Em dezembro do ano passado, um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), afirmou que 2015 pode ter sido o ano mais quente da história atingindo 1ºC a mais que no período pré-revolução industrial (1880-1889).

(Da redação)

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