Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

El Niño do século pode aliviar a seca de São Paulo

Previsão feita pela Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) mostra que o fenômeno deste ano pode ser o mais forte dos últimos 65 anos. A previsão é que ele traga chuvas para os reservatórios paulistas

Por Rita Loiola Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2016, 14h45 - Publicado em 14 ago 2015, 16h46

A Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) alertou nesta quinta-feira (14), que o El Niño de 2015 pode ser o mais forte deste século. O aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico influencia nas temperaturas de todo o mundo e, no Brasil, deve trazer muitas chuvas para a região Sul e também para o Oeste de São Paulo, onde está parte dos reservatórios do Estado. Quando há o fenômeno, há uma probabilidade de 60% de chuvas acima da média em São Paulo, de acordo com pesquisas do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP).

Leia também:

“O aquecimento global não é o vilão da crise hídrica de São Paulo”

Cantareira encerra junho em alta, mesmo com chuva abaixo da média

“Ao que tudo indica, esse será o primeiro grande El Niño do século XXI que, de setembro a janeiro, deve provocar chuvas intensas no Sul, Mato Grosso e São Paulo e fortes secas na Amazônia e na faixa do Rio de Janeiro até a região Nordeste”, diz o meteorologista Augusto José Pereira Filho, professor do IAG-USP.

Continua após a publicidade

“Maior da história” – O El Niño começou em março e deve durar até um ano. De acordo com os meteorologistas do NOAA, as temperaturas médias da superfície do mar em uma zona chave do Pacífico equatorial poderiam alcançar ou superar os 2 graus Celsius acima do normal, o que só foi registrado três vezes desde que começaram as medições, em 1950. “Este El Niño pode ser um dos mais fortes de todos os registros já feitos na história”, afirmou Mike Halpert, diretor adjunto do centro de previsões climáticas do NOAA.

Os níveis de aquecimento deste El Niño foram observados nos registros de três períodos: 1972-1973, 1982-1983 e 1997-1998. Este último ficou conhecido como o “El Niño do século”, por suas consequências em diversos lugares do mundo. No Brasil, ele provocou fortes ondas de calor e, apesar das previsões de chuvas, causou uma grande seca no Estado de São Paulo. Isso acontece porque o Estado fica em um lugar que seria como uma “fronteira” entre as regiões de mais e menos chuvas. Assim, de acordo com um complexo combinado de condições atmosféricas, o El Niño pode pode causar chuvas ou secas no Estado. A probabilidade maior é que alivie a seca paulista.

“No entanto, toda essa chuva pode não ser suficiente para resolver o problema do reservatório da Cantareira. Ela deve aliviar a situação de escassez hídrica que vivemos, mas a resolução da seca depende de vários outros aspectos além das chuvas, como as temperaturas ou a gestão hídrica”, explica Pereira Filho.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.