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Conheça os novos ‘sapos em miniatura’ da Mata Atlântica

Os animais do gênero Brachycephalus, que não têm mais que 1 centímetro e são venenosos, foram encontrados durante uma expedição de pesquisadores paranaenses

Por Gabriela Neri
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h04 - Publicado em 4 jun 2015, 15h19

Após quase cinco anos de exploração em áreas montanhosas no sul da Mata Atlântica brasileira, uma equipe de pesquisadores do Paraná descobriu sete novas espécies dos altamente miniaturizados, brilhantes e coloridos sapos do gênero Brachycephalus. Por estarem entre os menores vertebrados terrestres, não alcançando mais que 1 centímetro de comprimento, eles são difíceis de enxergar – e proteger -, sendo altamente vulneráveis à extinção.

“Encontrar esses sapos dá muito trabalho. A busca demorou muito, pois os lugares são de difícil acesso, exigindo horas de caminhadas em locais íngremes e veículos com tração 4×4. Mas buscamos as novas espécies em regiões com altitude, vegetação e climas parecidos aos locais onde estão os sapos que já conhecemos. Tivemos sucesso em grande parte delas”, disse ao site de VEJA o biólogo Marcio Pie, líder do projeto e coordenador do curso de pós-graduação em zoologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

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Sapo venenoso – Tipicamente encontrados em florestas tropicais úmidas, esses sapinhos vivem na Mata Atlântica da Serra do Mar e da Serra da Mantiqueira brasileiras. Muitas espécies são coloridas, um alerta para a presença de uma neurotoxina muito potente em sua pele, fatal para seus predadores e também para o homem. Com o nome de tetrodotoxina, o veneno bloqueia a ação dos nervos, causando paralisia.

Esses pequenos sapos intrigam os pesquisadores há mais de um século. As primeiras espécies de Brachycephalus foram descritas em 1842 pelo naturalista alemão Johann Baptist von Spix, mas a maioria dos anfíbios do gênero foram descobertos na última década, particularmente devido ao seu tamanho reduzido e à dificuldade em chegar ao habitat.

Como o lugar onde vivem é muito sensível às mudanças climáticas, os cientistas se preocupam com a preservação. “Precisamos ter uma ideia precisa sobre quais são as espécies e onde estão para definir as áreas prioritárias de conservação. Perder uma população qualquer desses pequenos sapos possivelmente significaria a extinção completa da espécie”, afirma Pie.

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