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Cientistas decifram a ‘capa protetora’ do vírus HIV

Descoberta pode ajudar a identificar pontos fracos do HIV e, assim, desenvolver medicamentos capazes de combater o vírus

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h20 - Publicado em 30 Maio 2013, 16h38

Pela primeira vez, pesquisadores conseguiram decifrar com detalhes a estrutura de proteína que serve como uma capa protetora ao material genético do HIV. A estrutura, chamada capsídeo, também facilita a proliferação do vírus. É justamente por isso que o feito é relevante: conhecer a fundo a estrutura que protege o HIV pode revelar suas vulnerabilidades e, assim, ajudar a desenvolver formas de combater a infecção, o que nenhuma droga conseguiu fazer até hoje. Esse estudo, feito na Universidade de Pittsburgh, Estados Unidos, foi publicado na revista Nature.

Beckman Institut/Illinois University

Estrutura do capsídeo do vírus HIV ()

Ao centro da imagem, que é de um vírus HIV, é possível ver o material genético. A estrutura de ‘bolinhas’ azuis em torno do material é o capsídeo

“Essa abordagem tem o potencial de ser uma alternativa poderosa às nossas terapias atuais contra o HIV, as quais agem tendo como alvo certas enzimas. Porém, a resistência a essas drogas devido à elevada taxa de mutação do vírus continua sendo um enorme desafio”, diz Peijun Zhang, coordenadora do estudo, em um comunicado divulgado pela universidade.

O capsídeo do HIV fica sob a membrana externa do vírus e, em formato de cone, envolve o seu material genético. Até agora, era difícil estudar com precisão essa estrutura devido à sua forma irregular. A equipe de Peijun Zhang conseguiu analisar o capsídeo com a ajuda de um supercomputador e microscópios potentes.

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Beckman Institut/Illinois University

Capsídeo HIV ()

Imagem 3D do capsídeo do HIV

Segundo o estudo, a estrutura é formada 1.300 proteínas que estão ligadas em uma rede complexa constituída em uma grade de três hélices que garante a estabilidade dos capsídeos. Peijun Zhang explica que se os cientistas conseguirem interferir nessas estruturas, será possível afetar a proteção do vírus.

“Os capsídeos precisam permanecer intactos para proteger o genoma do HIV e garantir que o vírus entre em células humanas. Mas, uma vez dentro delas, o capsídeo precisa se separar para poder liberar seu conteúdo (o material genético do vírus) e permitir que o HIV se replique. Desenvolver medicamentos que causem a disfunção dos capsídeos, impedindo que eles se formem, ou então que eles se separem, pode interromper a replicação do HIV”, diz a pesquisadora.

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