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Campos de gelo da Patagônia estão diminuindo em ritmo veloz, diz estudo

Degelo aumentou mais de 50% nos últimos 12 anos, diminuição da cobertura dos campos, na Argentina e no Chile, está impactando no nível dos oceanos

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h27 - Publicado em 6 set 2012, 16h43

Cientistas da Universidade de Cornell, nos EUA, e do Centro de Estudos Científicos (CECs) em Valdivia, no Chile, afirmam que o ritmo de encolhimento dos campos de gelo da Patagônia aumentou 50% nos últimos 12 anos, em comparação com dados coletados entre os anos 70 e 90. O impacto do derretimento desse gelo está afetando até o nível dos oceanos.

A conclusão foi publicada nesta quarta-feira na revista Geophysical Research Letters, em um estudo que analisou medições e observações feitas por satélites dos campos de gelo do norte da Patagônia, no Chile, e no sul, na fronteira do país com a Argentina.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Ice loss from the Southern Patagonian Ice Field, South America, between 2000 and 2012

Onde foi divulgada: revista Biological Psychiatry

Quem fez: Michael J. Willis, Andrew K. Melkonian, Matthew E. Pritchard e Andrés Rivera

Instituição: Universidade de Cornell e Centro de Estudos Científicos de Valdivia, no Chile

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Dados de amostragem: Fotografias e medições realizadas por dois satélites da Nasa nos últimos 12 anos

Resultado: ritmo do derretimento dos campos de gelo da Patagônia aumentou 50% nos últimos 12 anos.

Os dois campos são as maiores massas de gelo do hemisfério sul fora da Antártida. Uma grande atração turística da Argentina, o campo sul possui paredões de gelo com mais de 70 metros de altura.

Os resultados sugerem que a contribuição do derretimento dos campos para o aumento do nível dos oceanos saltou, desde o final do século 20, de 0,04 milímetro por ano para cerca de 0,07 milímetro. O degelo dos campos foi responsável por 2% do aumento do nível do mar anual desde 1998.

Brasil alagado – Segundo os cientistas, só o campo sul perde 20 bilhões de toneladas de gelo a cada ano. Nos últimos 12 anos, a quantidade de gelo que desapareceu era suficiente para cobrir todo o território brasileiro com mais de 2,7 centímetros de água. A perda de gelo nos paredões do Campo Sul já chega a 1,8 metro por ano.

“Observamos que alguns blocos de gelo permaneceram com o mesmo tamanho, alguns até cresceram, mas o total da geleira diminuiu. E o que é interessante, observamos encolhimento nas regiões mais altas, onde supostamente é mais frio”, disse Michael Willis, autor do estudo e pesquisador da Universidade de Cornell. O culpado por todo esse derretimento, segundo os cientistas, é o suspeito de sempre: o aumento das temperaturas no mundo.

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Segundo o estudo, os resultados desanimadores na Patagônia podem significar problemas para outras geleiras no mundo afirma Willis.

Na semana passada, cientistas americanos anunciaram que a cobertura de gelo do Oceano Ártico registrou a maior diminuição desde 1979, quando o monitoramento da região por satélite começou.

Onde fica

[googlemaps https://maps.google.com.br/maps?q=Parque%20Nacional%20Los%20Glaciares&hq=Parque%20Nacional%20Los%20Glaciares&t=h&ie=UTF8&ll=-50.948911,-73.189545&spn=0.584011,1.454315&output=embed&w=100%&h=480%5D

Os campos de gelo do norte da Patagônia, no Chile, e no sul, na fronteira do país com a Argentina, são as maiores massas de gelo do hemisfério sul fora da Antártida. Uma grande atração turística da Argentina, o campo sul possui paredões de gelo com mais de 70 metros de altura.

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