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William e Kate: a esperança de novos tempos para a família real inglesa

O anúncio do noivado do príncipe William nas redes sociais inaugura uma nova era na relação entre a realeza e os seus súditos

Por Rodrigo Levino
17 nov 2010, 14h52

William, cuja fisionomia e o comportamento errático remetem à mãe, tratou de manter acesa a memória da presença que tanto incomodou a rainha.

O anúncio do noivado do príncipe William com a plebeia Kate Middleton, feito primeiramente na página que a família real mantém no site de relacionamentos Facebook, na terça-feira (16), foi um sintoma da busca pelo reposicionamento de imagem da realeza a da esperança que depositam no príncipe como agente dessa mudança.

Trinta anos depois da união de Charles e Diana, considerado o maior casamento do século passado, quando 600.000 ingleses foram às ruas de Londres acompanhar o cortejo, é dada ao reino a oportunidade de refazer pontes com os súditos, sobretudo os mais jovens, esgarçadas desde a morte de Diana, em 1997, vítima de um trágico acidente automobilístico em Paris. Na época, durante dias que pareceram anos, a rainha patinou nas condolências enquanto o mundo pranteava a morte de uma princesa carismática e popular tanto quanto escandalosa para os padrões morais reais.

William, cuja fisionomia e o comportamento errático – pelo menos até se alinhar ao porte real e à discrição do pai -, remetem à mãe, tratou de manter acesa a memória da presença que tanto incomodou a rainha. Não é demais lembrar que depois de tantos escândalos ligados a adultério assumido de parte a parte, entre Charles e Diana, sua alteza pediu, em 1994, que os dois dessem fim ao casamento.

Nada menos do que 17 anos depois, sobre o matrimônio do neto, o segundo na linha de sucessão, Elizabeth II declarou aprovação. O reino propagou a boa nova no seu site oficial, no Twitter, no Facebook e com fotos no Flickr, adequando-se às ferramentas estranhas ao único e mais abrangente meio de divulgação quando do casamento de Charles e Diana, em 29 de julho de 1981: a televisão.

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A cerimônia foi conduzida de tal forma a se transformar num espetáculo ultracuidado. Ao ponto de a alimentação dos cavalos do cortejo ser alterada para pílulas especiais que ajustaram a cor de seus excrementos, conforme relatou o escritor italiano Umberto Eco em um ensaio escrito em 1986: “O excremento não era escuro, nem castanho, nem desigual, mas se apresentava sempre e em todo lugar num tom pastel, entre bege e amarelo, bem luminoso, de modo a não atrair a atenção e harmonizar-se com as cores delicadas dos trajes femininos”.

Os tempos mudaram. William e Kate já declararam a opção por uma cerimônia com menos pompa e exagero. Muito por causa da situação financeira da família real, que anda pelas tabelas. Desta vez, a grandiosidade do fato será medida por outros canais, inclusive os virtuais por onde o noivado foi anunciado.

Só um item permanece inabalado – para a rainha, feito uma assombração: a presença de Diana, na imagem do príncipe e no anel da noiva, o mesmo usado pela sogra 30 anos atrás.

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