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Vale tudo para viver Tim Maia

Há cinco meses no papel, Tiago Abravanel experimenta os efeitos de viver entre o Leme e o Pontal, no Rio, e fala do sonho de trabalhar na Globo

Por Leo Pinheiro, do Rio de Janeiro
12 dez 2011, 04h39

Ninguém convive impunemente com Tim Maia. Obviamente, assumir o discurso e, nesse caso, também a voz de Do Leme ao Pontal, deixaria cicatrizes em Tiago Abravanel. Assim, o paulista de 24 anos que, nos últimos cinco meses, deixou de ser “o neto do Silvio Santos” para se tornar uma das revelações do teatro de 2011, vai aos poucos se ‘cariocando’. Em vez de um apart-hotel em Ipanema ou no Leblon, ocupa um apartamento em Copacabana. E torna-se aos poucos figura conhecida das redondezas, circulando de jeans e camiseta, almoçando em uma lanchonete, passando rente aos botecos do bairro.

Tim Maia – Vale Tudo, o Musical é um fenômeno. Depois de esgotar os ingressos para os últimos dias da peça no Teatro Casagrande, no Leblon, o espetáculo também vendeu antecipadamente todas as 1.143 cadeiras para cada uma das apresentações do primeiro mês no Teatro João Caetano, na Praça Tiradentes, onde fará nova temporada de 6 de janeiro a 26 de fevereiro. E em seguida, Tiago levará Tim para uma temporada em sua terra natal, com reestreia em 09 de março, no Teatro Procópio Ferreira.

“A razão desse sucesso é o Tim. As pessoas têm muita saudade dele. Eu não tinha a exata noção porque quando ele morreu eu era uma criança de dez ou onze anos”, explica.

Tiago tem noção de sua juventude. E protelou a sua estreia na tevê por achar que não estava preparado (esperou até os 23 anos para atuar em sua única novela até agora, Amor e Revolução, no SBT). Achava que não tinha chances de conseguir o papel principal na peça escrita por Nelson Mota e dirigida por João Fonseca por ter escolhido a “música errada” na hora do teste. “Escolhi duas músicas para o meu teste com o João. Quando disse que a primeira seria Eu amo você, ele respondeu na lata que não gostava da música. Ali eu tinha achado que tinha perdido o papel”, conta.

Tiago Abravanel no espetáculo 'Tim Maia - Vale Tudo, o Musical'
Tiago Abravanel no espetáculo ‘Tim Maia – Vale Tudo, o Musical’ (VEJA)
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Ele estava errado. E, ao ser selecionado, iniciou um intenso convívio com o artista que, confessa, conhecia pouco. A começar pelos CDs, ouviu tudo. Leu outro tanto, viu o que pôde. E o resultado de quando escurece a pele e troca de perucas para encarnar as fases da vida de Tim é a estupefação da plateia, que tem frequentemente alguém deixando correr as lágrimas, na lembrança de Tim.

“Eu acho que ficar marcado como o ator que fez o Tim Maia é bacana. O Tim foi um presente para mim, no sentido de eu mostrar o meu trabalho para as pessoas. Obviamente eu não quero ser Tim Maia para o resto da vida, mas ainda tem muito Tim Maia pela frente”, diz, prometendo vida longa ao espetáculo. Portanto, para quem ainda não viu, como Silvio Santos – o avô assistiu a todos os espetáculos de Tiago, mas ainda está em falta com ‘Tim’ -, há esperança.

O neto de Silvio, quem diria, sonha em trabalhar na Globo. “A Globo, queiram ou não queiram, é a maior escola de produção dramatúrgica desse país. O alcance mundial que se tem com as novelas da Globo, não desmerecendo as outras, porque eu aprendi muito no SBT, você não consegue em outro lugar. Existe um investimento e uma valorização da dramaturgia maior. Não vou mentir. Quando a gente quer trabalhar, quer que seja em lugar que tenha um alcance bacana, tenha o melhor material. Não sei se o dia em que chegar lá vou me identificar, mas quero um dia ter orgulho de dizer que um dia trabalhei na Globo”, torce.

O dia parece estar próximo. Depois de ser aclamado por público e crítica, o ator passou a receber visitas de colegas ilustres como Marília Pera, Ary Fontoura, Diogo Vilella, do diretor global Wolf Maya. Até Fernanda Montenegro quis conhecê-lo. Dos pares de profissão tem escutado que “a hora vai chegar”.

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