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‘Todo dia decido ser cantora’, diz Ellen Oléria, campeã do The Voice

Brasiliense de 29 anos conta parte de sua trajetória antes do programa que a elegeu a nova voz do Brasil e a levará ao palco do réveillon de Copacabana

Por Pollyane Lima e Silva, do Rio de Janeiro
17 dez 2012, 19h39

Era o primeiro dia de The Voice Brasil, ainda de audições às cegas. Entra o primeiro candidato, e nenhum dos técnicos se vira. O segundo cantor se apresenta, e também é eliminado. Chega a vez de Ellen Oléria, que interpreta Zumbi, de Jorge Ben Jor. Ninguém fica de costas. Claudia Leitte, Lulu Santos e Carlinhos Brown viram ainda nos primeiros acordes. Daniel, em seguida. A brasiliense de 29 anos torna-se a primeira selecionada do programa. A ordem de edição dos candidatos na fase de audições às cegas fez com que ela aparecesse no meio do programa, para o público. Três meses depois, ela comemora a vitória, o contrato com a Universal Music, um carro, 500.000 reais em dinheiro e a chance de cantar no réveillon de Copacabana.

Até ter seu nome anunciado como a campeã do The Voice Brasil, nem Ellen Oléria conhecia os bastidores desse primeiro dia de programa. Quem revelou a história a ela foi Tiago Leifert, que àquela altura já podia assumir sua torcida secreta pela intérprete de Zumbi ao longo de toda a competição. “Foi você que mostrou para a gente o que era o ‘The Voice’. Quando você entrou, todo mundo virou. Você foi a primeira voz aprovada e acabou sendo a vencedora”, disse o apresentador. Ellen era a favorita também do seu técnico, Carlinhos Brown. “Ela é o Pelé da voz. A voz dela arrepia mesmo. E é uma voz de cura. Quando a voz cura, todo mundo quer pra si”, comenta o tutor orgulhoso.

A ‘nova voz do Brasil’, descoberta pelo reality-show, na cidade satélite de Taguatinga, no Distrito Federal. Ellen aprendeu a tocar violão aos 9 anos, mas também se arriscava em cada novo instrumento que o irmão levava para casa. Profissionalmente, canta desde os 17 anos, tendo a igreja como uma grande escola. “Músicos das igrejas sabem que estão ali para servir ao povo. É essa a visão que trago comigo”, conta ela, que – pelo menos até subir ao palco do reality – se apresentava em bares e teatros de sua região ao lado da banda Pretutu, com quem toca desde 2005, enfrentando as maravilhas e dificuldades da carreira que escolheu. “Todo dia decido ser cantora. É uma estrada muito complexa, porque tem mês que você fica em uma seca desesperadora. Mas eu tenho fé. E vim para o programa com essa fé.”

Trabalhos – O primeiro CD, Peça, foi lançado em 2009. No ano passado, gravou o DVD Ellen Oléria e Pretutu ao Vivo no Garagem, que não teve tempo de lançar. Ainda atônita com a vitória, apenas 20 minutos depois de ter ouvido seu nome anunciado como vencedora, no domingo, ela sabe que terá muito trabalho pela frente para não deixar fechar a porta aberta pelo The Voice Brasil. Impossível não lembrar de Vanessa Jackson, uma das ganhadoras do extinto ‘Fama’, que caiu no esquecimento, apesar de todo o talento. “Não acho que exista uma fórmula. Cada um tem seu caminho. Preciso descobrir o meu. E sei que vou precisar de ajuda. A música brasileira não precisa de mim, sou eu que preciso dela. Vou me empenhar bastante.”

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Do programa para a nova fase da carreira, Ellen leva a experiência de se deixar ser coordenada. “Sempre fui senhora absoluta do meu som, e no ‘The Voice’ muitas das canções que vocês me ouviram interpretar, eu nunca tinha feito.” E não ter a palavra final no repertório que apresentaria foi o mais difícil, admite. Chegou até a tentar recursar algumas canções propostas pela equipe, como ‘Maria, Maria’. “Não dá para cantar uma coisa que Elis Regina já gravou. É como se tudo o que pudesse ser feito já tivesse sido feito. Mas eu descobri que posso fazer a canção minha também. Foi um grande aprendizado, saber que posso me desdobrar e virar outra como artista.”

Ellen só não teve tempo de parar para pensar ainda qual de suas facetas deve apresentar no réveillon da praia de Copacabana, na noite do dia 31, ao lado de Claudia Leitte. “Preciso de mais algumas horas para digerir isso”, disse, pouco depois do anúncio do resultado do programa. “Não sei nada do que vou fazer. Mas se puder vir com minha banda, Pretutu, vocês podem vir prontos para dançar. Vai ser um sacode”, convida ela, que passará a primeira virada de ano no Rio de Janeiro. Já sobre o que pretende fazer com o prêmio de 500.000 reais, a resposta é simples: “Gastar”.

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