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‘The Voice Brasil’: show de talentos para profissionais

Novo reality show musical que estreia na TV Globo neste domingo traz novo formato em que os juízes se tornam treinadores e também competem entre si

Por Pollyane Lima e Silva, do Rio de Janeiro
18 set 2012, 18h23

“Não procuramos alguém na linha do que a gente faz. Quem acreditar naquela voz vai apertar o botão. E isso é muito difícil, porque atrás de cada voz tem uma história”, diz Daniel

Procura-se uma voz, que em exato um minuto e meio mostre que tem competência musical e saiba emocionar. Quem vai julgar isso são quatro artistas famosos, que não poderão ver a performance de quem estiver ao microfone – ou seja, as aparências não contam. Assim nasce The Voice Brasil, o novo reality musical da TV Globo, que estreia neste domingo com a promessa de dar luz a talentos até então escondidos pelo país. “Todos os participantes são profissionais que já têm experiência, mas ainda não conseguiram lugar de destaque”, explica o diretor-geral Carlos Magalhães.

A missão de eleger a nova voz do Brasil está nas mãos de Claudia Leitte, Carlinhos Brown, Lulu Santos e Daniel, os jurados escolhidos pela Globo. Cada um formará seu time, composto por doze participantes escolhidos por eles. De costas para o palco, os jurados ouvem a apresentação do concorrente. Quem quiser que aquela voz faça parte do seu time aperta o botão à frente, e sua cadeira se vira. Só então ele avista o cantor. Se apenas um técnico tiver escolhido o participante, ele passa a fazer parte daquela equipe. Mas se mais de um treinador se interessar por aquela voz, é o competidor quem passa a ter o direito de escolher quem será seu “tutor”.

E é aí que começa uma competição entre os próprios técnicos, que precisarão usar bons argumentos para serem escolhidos – na versão americana, essas disputam rendem boas risadas. “Eles vão ter de se vender”, enfatiza Magalhães. E o clima já começou a esquentar logo no primeiro dia de gravações, na segunda-feira. “A gente percebeu que por causa de uma pessoa a gente perdeu a linha, né?”, revelou Lulu Santos, olhando para Carlinhos Brown, que venceu a disputa. “Eu ganhei? Não, o público é que vai ganhar com isso.” Só Claudia Leitte diz ainda não ter despertado seu lado competidor. “Estou mais me divertindo.”

Todos chegam a um consenso quando perguntados sobre o tipo de voz que procuram, e garantem que não estão presos a seu próprio estilo musical. “Não procuramos alguém na linha do que a gente faz. Quem acreditar naquela voz vai apertar o botão. E isso é muito difícil, porque atrás de cada voz tem uma história”, declara o sertanejo Daniel. A única mulher no time de treinadores concorda que virar a cadeira é tão difícil quanto não virar. “Você se solidariza, porque é um colega seu que está ali. Todos têm talento e técnica, então procuro alguém que me passe emoção, que me arrepie.” O mais difícil é tomar uma decisão às cegas, admite Lulu: “Muitas vezes, não sabemos se é um homem ou uma mulher cantando. É um susto”.

Cópia americana – A primeira temporada de The Voice Brasil (sim, a produção já deixou escapar que pensa em uma continuidade) promete ser uma cópia de seu formato mais famoso, exibido nos Estados Unidos pela rede NBC, no melhor estilo de “em time que está ganhando não se mexe” – lá, é líder de audiência, assim como nos mais de 20 países onde é exibido. A semelhança começa já na aparência dos treinadores: uma loira performática (Christina Aguilera e Claudia Leitte), um ícone da música negra (Cee Lo Green e Carlinhos Brown), um hitmaker (Adam Levine e Lulu Santos) e um sertanejo (Blake Shelton e Daniel). Mas o diretor-geral garante que isso não passa de coincidência. “Buscávamos artistas top, que misturassem popularidade, identidade, carisma e também tivessem disponibilidade de agenda. Não era nosso objetivo fazer o mesmo desenho. Foi por acaso.”

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Já o nome de Tiago Leifert como apresentador foi escolhido a dedo. “A modernidade dele foi o que contou. Precisávamos de um apresentador com a dinâmica que ele tem”, resume Magalhães. Mas o apresentador do Globo Esporte em São Paulo nega que essa seja uma despedida do jornalismo – como fez por exemplo Pedro Bial que, segundo boatos, seria trocado por Leifert à frente do BBB (ambos desmentem). “Estou apenas emprestado. Volto em dezembro para o esporte. Tem muita coisa vindo por aí”, afirma ele, que diz ter ficado radiante com o convite. “Posso dizer que fui a primeira pessoa a comemorar a entrada no The Voice.” A atriz Daniele Suzuki completa o time, mostrando flashes diários e bastidores.

Pré-seleções – The Voice Brasil chega dez anos depois da estreia de outro reality show musical que fez sucesso na emissora: Fama – no qual a proposta era montar uma academia, onde candidatos amadores tinham aulas de canto, teoria, interpretação, entre outras. Mas ao contrário do antecessor (extinto em 2005) e outros do gênero, como o Ídolos da Record, cuja nova temporada estreou há duas semanas, The Voice não tem espaço para bizarrice e os jurados/técnicos não precisam passar pelo constrangimento de ver uma daquelas apresentações que só servem para despertar a vergonha alheia.

Quem ficou com essa missão ingrata foi a produção do programa, que promoveu audições por oito capitais brasileiras: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Natal, Salvador e Brasília. Dos cerca de 20.000 inscritos, saíram 105 competidores que participarão dessas audições às cegas com os técnicos, a partir desse domingo. No total, 48 concorrentes estarão divididos nas quatro equipes – mas esse número ainda pode variar se a produção achar necessária a inclusão de um 13º elemento em alguma equipe, adianta Boninho, o diretor de núcleo. Apenas 24 deles (seis de cada técnico) passarão aos shows ao vivo. Para a final, prevista para 16 de dezembro, passam só um competidor de cada técnico.

O programa promete 500.000 reais e a assinatura de contrato para a gravação de um álbum pela Universal Music. Mas sucesso é impossível garantir – até hoje, poucos vencedores desse tipo de reality conseguiram manter a fama. A vantagem do The Voice é a oportunidade de se aproximar do seu técnico para, quem sabe, conseguir que ele seja uma espécie de “padrinho profissional”. Javier Colon, por exemplo, ganhador da primeira temporada do reality nos Estados Unidos (que hoje exibe a terceira), era do time de Adam Levine, e desde então se apresenta abrindo os shows do Maroon 5, o que fez inclusive na turnê que o grupo fez no Brasil, no mês passado.

Confira, no vídeo abaixo, uma das audições às cegas da versão britânica do The Voice:

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