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Sean Penn vive velho roqueiro em ‘Aqui É Meu Lugar’

Por Da Redação
27 jul 2012, 10h00

Por AE

São Paulo – Filmes como “As Consequências do Amor”, “O Amigo da Família” e “Il Divo” estabeleceram a reputação de Paolo Sorrentino como um dos grandes (o maior?) do cinema italiano contemporâneo. Em seu cinema, o ator Toni Servillo tem encontrado material para apresentar interpretações que já fazem parte da história, como seu retrato do ex-premier Giulio Andreotti. O novo Sorrentino, que estreia nesta sexta-feira, privilegia outro ator – e desta vez um astro internacional, Sean Penn.

“Aqui É Meu Lugar” começou a nascer em Cannes, onde concorreu no ano passado. Sorrentino e Penn se encontraram dois anos antes. Declararam sua admiração mútua – a de Sorrentino era até maior pelo Sean Penn diretor, apesar da diferença de estilo entre ambos. Penn também admirava Sorrentino e queria dar um tempo nos papéis de Hollywood, experimentando o estilo europeu de filmar. Tudo isso eles contaram na coletiva de “This Must Be the Place” (título original).

Walter Salles colocou o pé nas estradas da ‘América’, mas o fez adaptando um livro cultuado (“On the Road”) de Jack Kerouac. Sorrentino criou um roteiro original. “Nunca havia ido aos EUA, domino mal o inglês, mas tinha uma ideia do país e de sua paisagem alimentada pelo cinema, quem não tem? O encontro com Sean (Penn) me permite resgatar uma dívida comigo mesmo, descobrindo a América, e não como turista.” Nos seus filmes com Toni Servillo, Sorrentino sujeita o ator a usar disfarces. Penn também usa, não chega a ser irreconhecível, mas é bizarro.

Sean Penn traveste-se diante da câmera de Sorrentino. Seu personagem se chama Cheyenne e é um velho roqueiro. Parece uma mistura da Tootsie de Dustin Hoffman (na comédia homônima de Sydney Pollack) com Robert Smith, da banda The Cure, e o deficiente que o próprio Penn criou em “I Am Sam, Uma Lição de Amor”. Cheyenne deixa seu refúgio na Europa e ganha as estradas dos EUA em busca do nazista que infernizou seu pai no campo de concentração. Na verdade, até pelo travestismo, mas não só por isso, o filho nunca teve diálogo com o pai e a caçada será um ajuste de contas – menos com o nazista do que com o pai.

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“Paolo (Sorrentino) escreveu um dos personagens mais fascinantes que me foram dados para criar. Não queria estragar seu belo texto”, confessou o ator. Com o personagem, em sua busca, o diretor foi descobrindo a paisagem e, mais que isso, as pessoas. “Saímos de carro, o roteirista e eu. Por mais que o cinema tivesse me dado uma ideia do que imaginava que ia encontrar, fui surpreendido pela realidade”, confessou o diretor. “As casas eram diferentes das sitcoms de TV e, mesmo quando pareciam clichês, havia nelas uma textura que tentei reproduzir com a equipe de direção de arte e o elenco.”

Que textura é essa? “A América nasceu do encontro de imigrantes com os nativos. São desconfiados, mas se você transpõe a barreira é um povo caloroso, e divertido”, avalia o diretor. O encontro de Cheyenne com o ex-carrasco leva a um desfecho inesperado. “Seria muito chato chegarmos a um desfecho maniqueísta e previsível. Se há punição, ela teria de pegar o espectador de surpresa”, diz o diretor. “Eu fui pego de surpresa lendo o roteiro. E o estilo de Paolo é brilhante”, diz Penn. “A câmera está sempre se movendo. Parece um musical, mas não é. Para mim, a palavra que define o filme é – diferente.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

AQUI É O MEU LUGAR

Título original: This Must Be The Place.

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Direção: Paolo Sorrentino.

Gênero: Drama EUA/2011, 118 min.).

Classificação: 12 anos.

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