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Rock in Rio: Cazuza merecia uma homenagem. Melhor

Por Yuri de Castro
13 set 2013, 21h57

É verdade, Cazuza merecia uma homenagem, ainda mais em tempos árduos para o rock nas paradas de sucesso como o atual. Mas uma homenagem melhor que a armada nesta sexta pelo Rock in Rio, que, apesar de Ney Matogrosso e do companheiro de Barão Vermelho Frejat, pôs para festejar a obra do cantor morto em 1990 nomes como Maria Gadú e Rogério Flausino.

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“Cazuza – O poeta está vivo”, o tributo, teve hits cansados e escorados em arranjos de banda de baile. O repertório só podia empolgar mesmo a meninos e meninas dos anos 1980, vivendo o que beirou uma festa do tipo trash 80’s. Ainda que o show – óbvio – não fosse a meta principal dessa turma na noite do festival. “Vim para ver a Beyonce”, diz Renata Camillo, de 25 anos, vestindo uma camisa com a frase “Prefiro Toddy ao Tédio”, cunhada pelo cantor quase dez anos antes de Renata nascer. “A minha predileta é Quase um Segundo, diz Marcos Vinícius, 27, sobre a música de Herbert Vianna que fez sucesso com Cazuza.

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Renata Camillo e Marcos Vinícius foram conferir o tributo a Cazuza no Rock in Rio
Renata Camillo e Marcos Vinícius foram conferir o tributo a Cazuza no Rock in Rio (VEJA)
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Não houve Quase um Segundo, mas, passados Paulo Miklos e Maria Gadú, coube a Bebel Gilberto, amiga do homenageado, iniciar um desfile de momentos antimonotonia. Todo Amor que Houver Nessa Vida e, claro, Eu Preciso Dizer que te Amo, composição dela com Cazuza, eram acompanhados por uma série de “Vamos comigo”, “Cantem mais alto” – provando que não só nos Estados Unidos Bebel se mostra para lá de animada.

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Os fãs mais ardorosos da obra de Cazuza interagiam com o show, e animavam os do palco a criar máximas de última hora. “As canções de protesto da música brasileira não envelhecem nunca”, disse Rogério Flausino, logo depois de ocupar o espaço com o Jota Quest para entoar Ideologia. Quando o refrão da música chega, Flausino expõe os dedos do meio junto ao lenço um tanto fora de moda que leva no pescoço. Não podia soar menos rebelde.

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Então Ney Matogrosso aparece para dar lições de música. Mesmo espiando impacientemente a letra de O Tempo Não Para nos monitores, o ex-namorado de Cazuza oferece uma interpretação contundente e, ao que parece, inédita a muitos dos presentes, que o aplaudiriam três vezes durante a apresentação. Seria dele ainda o momento de encontro pop entre os muitos pais e filhos presentes, com Codinome Beija-Flor e, claro, Brasil, hoje a mais atual das canções de Cazuza.

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Haveria um outro raro momento de felicidade com a presença do Barão Vermelho no palco. Frejat parece não envelhecer nunca; as músicas e o mainstream brasileiro não têm tanta sorte. Salvo Ney e Barão, o enfadonho seria completo. E olha que quase chegamos lá quando Frejat afirmou que Agenor de Miranda Cazuza “ia adorar ver o povo estar indo para as ruas”. Assim, mesmo, gerundiando como o “palhaço” Carlitos (Anderson Rizzi) da novela Amor à Vida.

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